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kbza - MEMBRO EXCLUSIVO
#1066310 Interessante a argumentação, mas devemos lembrar que a linguagem é um meio de expressão do íntimo do indivíduo e para seu desenvolvimento.

Sob o primeiro ponto de vista (expressão), realmente o que importa é a forma como cada um se comunica HOJE. Não há um real interesse ou utilidade em conceitos ultrapassados. Eles não são úteis na comunicação, e adotar o sentido original pode inclusive gerar confusão.

Por outro lado, na questão do desenvolvimento individual, é interessante saber os diversos conceitos pelos quais já passou determinada forma de linguagem (e não apenas aquele que lhe deu origem). Isso não por haver uma necessidade de se manter conceitos pré-concebidos, mas sim para entender a natureza e inserçao do homem no mundo. Ninguém vive sozinho, e a comunidade serve para desenvolver o que há de melhor em alguém. Entender como isso se deu em tempos passados ajuda a determinar melhores caminhos para o futuro.

Há que se lembrar tb que a crença na origem de algo muitas vezes está mais associado a interpretação individual do que a realidade de fato. Por exemplo: há quem diga que o amor surgiu com a independência da mulher em relação a instituição familiar, outros com o crescimento da individualidade... Já vi estudos que mostram mudanças na forma de tratamento entre machos e fêmeas quando o sexo passou a ser realizado "olho no olho". Apesar do fato de que apenas um dos exemplos representarem mesmo ciência (o último, no caso), cada um adota o conceito que mais se parece com a própria crença, logo a linguagem se torna mais uma exposição da concepção de cada um, do que realmente uma definição verdadeira. E isso inclui amor e felicidade.

Quanto à questão do uso da preferencial da razão, por certo, alguém mais racional consegue ver melhor as relações mundanas... Mas isso não significa que esse alguém mais racional será mais útil ou ativo. Como Weber, acredito que ver tudo de forma extremamente racional causa um "embotamento" das emoções... E como são as emoções que motivam à ação, ver tudo com um viés muito racional pode mais atrapalhar do que ajudar.

Eu, por exemplo, prefiro ser alguém que corra feliz atrás de grandes sonhos (que talvez nunca se realizem), a ser alguém inerte e triste que viva apenas na "realidade".

Abraço

Criador do tópico

Fellipe Andreas

PUA Avançado

#1066317 Entendo @kbza. Meu texto não se trata de racionalidade ou emoções, também não poderia ser assim pois são entes de classes diferentes. Se fosse razão e sentimentos ai poderia ser feito um paralelo tendo em vista que ambos compartilham dos mesmo processos mas com origens diferentes. Entretanto é apenas um texto para motivar as pessoas a aprender e expandir seu pensamento.

Quanto a emoções e razão eu sempre falo que eles devem andar de mãos dadas. A junção de ambos pode ser chamado de sentimento, entretanto o sentimento me parece estar ao lado da razão, dessa forma não posso lidar com ele como substrato uma vez que o sentimento ainda precisa do aval da razão para emergir como comportamento.

Por conta disso assumo que a razão é resultado dos processos lógicos e o sentimento é resultado dos estímulos externos, dessa forma um conhece os meios de ação e o outro o ambiente. Dissociar ambos e querer tomar atitudes é exatamente separar o cérebro do corpo, não vai dar certo. Por isso defendo que é necessário treinarmos para alinhar ambos e dar a cada um sua devida importância.