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Criador do tópico

INDIÃO - MEMBRO EXCLUSIVO
#753248
Fala pessoal li esse texto no meu trampo e resolvi compartilhar com vocês!!

A quase indefinível sensação de necessidade e carência foi descrita pela filosofia, pela psicologia, pela literatura. "Na mitologia grega, a mãe de Eros, o desejo, é a Penúria, a falta. Sabiamente, os gregos colocavam a carência como a origem de tudo que desejamos na vida. Para eles, esse gosto de escassez, de insuficiência, de insatisfação é a grande faísca que dá partida às nossas ações, planos e sonhos", diz a professora de mitologia Helenice Hartmann.

Saber disso gera alívio. Muita gente não consegue identificar esse aperto no peito que nos angustia, e mal percebe que ele está ali presente, ou que sequer existe. Ao dar um nome para esse sentimento difuso, mas insistente, a vida pode se reorganizar de uma maneira diferente.

Podemos reconhecer o que nos incomoda e, mais que isso, observar como essa falta primordial é capaz de conduzir, nem sempre de uma maneira mais sábia, a maioria dos nossos movimentos existenciais.

Com base nessa nova consciência, é possível, então, uma regulação mais equilibrada de nossos desejos: já sabemos o que os origina, e assim podemos administrá-los melhor. Se admitimos que essa falta jamais será preenchida com as ilusões do universo material, ou mesmo emocional, vamos abrandar a fome com que nos atiramos às pessoas e às coisas.

Dessa maneira, é possível nos contentarmos mais com a vida, e até nos alegrarmos e nos sentirmos gratos com o que já temos, pois atendemos a essa necessidade de outra forma. "Não se trata de suprimir o desejo, mas de transformá-lo: de desejar um pouco menos aquilo que nos falta e um pouco mais aquilo que temos; de desejar um pouco menos o que não depende de nós e um pouco mais aquilo que de fato depende", sugere o filósofo francês contemporâneo André Comte-Sponville. Sem dúvida, isso já é um ótimo começo.

O psicanalista francês Jacques Lacan se aprofundou no tema no século 20. Ele afirmava que esse vazio primordial alimenta a procura do homem por sua própria verdade. Portanto, para Lacan, a falta não é, em si, negativa ou indesejável, mas o poderoso estopim de uma busca interna que pode se tornar reveladora.

A lógica é simples: se espero conseguir algo, é porque me falta alguma coisa, certo? Portanto, a esperança primordial, aquela que alicerça todas as outras esperanças que habitam nosso coração, é nossa vontade de conseguir preencher esse vazio que nos consome. Por isso mesmo, os estoicos desconfiavam muito dela. "Esperar um pouco menos, amar um pouco mais", propunha essa antiga corrente de filosofia da Grécia. Em outras palavras, mais ação e menos expectativas.

Porque ao colocar o desejo de satisfação no futuro, nos deslocamos do presente e aumentamos nossa angústia. Para evitar isso, os estoicos adotavam uma medida prática: satisfaziam-se com o que tinham. Para eles, desejar mais do que o momento proporciona era garantia de infelicidade.

E há outro bom motivo para não se depender da esperança da satisfação de um desejo: assim que o realizamos, outro buraco se forma, outra falta, que exigirá o seu preenchimento. "Assim que um objetivo é alcançado, temos quase sempre a experiência dolorosa da indiferença, ou mesmo da decepção", continua o educardor e pensador francês Luc Ferry.

Viver entre a esperança de ter, ou ser, e o medo de não ter, ou de não ser, pode se tornar outra forma de tortura. "O medo é a face complementar da esperança. Temos esperança porque, no fundo, temos medo de não ter nosso desejo satisfeito. Esperamos que ele se realize, mas temos medo de que ele não se realize", diz indo direto ao ponto a monja budista americana Pema Chödron.

Em resumo, para não sofrer tanto com as expectativas, é necessário aceitar a vida como ela é, e reconciliar-e consigo mesmo. "É possível fazer planos, é claro, mas não depender disso para ser feliz. A felicidade está dentro de nós, e não fora, no outro, no futuro ou em outras circunstâncias", diz Pema. Ao constatar isso, já fica mais fácil nos livrarmos de outra forma de sofrimento ocasionado pela falta: a inveja.

Espero que os auxiliem em algo

Abraços
INDIÃO
:ae
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BoyOfLaw

Entusiasta

#753252 Parabéns pelo seu texto amigo PUA.

Quem o ler rapidamente, talvez não perceberá a grande dica por trás de suas palavras que é o controle da mente e de nosso Ego.
Lacan escreveu antes da teoria psicanalítica de Freud, talvez não tivesse a mesma noção de mente e distorção dos desejos a partir do Ego como temos hoje, mas certamente quem compreender essas questões que estamos falando agora, está a um passo de se tornar um homem evoluído e virtuoso, não só em relação a mulheres, mas na vida como um todo.

Grande abraço e parabéns pelo seu texto.
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Gabriel Santiago

Aprendiz

#753293 Olá
Belo Artigo Wuthiery Maciel.
Então Achei seu Post muito interesante e eficaz,acabei de cair na realidade a gente se prende muito nas coisas dos passaso e se prende Nisso e Nos impedindo de ser feliz.Mais agora quero so positividade Andar,falar e respirar Felicidade acordar para o Mundo e aproveitar tudo Que estiver ao meu alcance.
Um forte Abraçoo
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rickcm009

Aprendiz

#753304 Hum...Ja estou me sentindo melhor esse fim de manha
Bom texto,Quero ter uma fortaleza em minha mente como o famoso mentalista,Jane Patrick

Abraco

Don Leoric
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adrieldbz

Veterano - nível 8

#753326 Artigo ducaralho velho, tenho posto isso em pratica na minha vida, eu tenho uma mania maldita de criar expectativas sobre as coisas, te ficar imaginando o futuro. Um post interessante que também recomendo é esse : http://www.puabase.com/forum/filosofia-um-guia-para-a-felicidade-t64610.html#p660527
O problema é que em momentos de frustrações o ser humano se deixa levar pelas emoções e não pela razão, não para e pensa "poxa não consegui aquilo, mas tenho isso e isso, vou continuar ate conseguir".
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jakeee

Veterano - nível 7

#753335 realmente, muito bom e muito útil tal tópico, o que importa é o que nós pensamos de nós mesmos e o que queremos para nós mesmos. Parabéns e sucesso