Artigos e Técnicas com base em PNL ou Hipnose.
Não necessariamente voltada a sedução
Avatar pua
Leo-CT
#938980 Então galera, venho praticando diáriamente a espelhagem, porém tenho algumas dúvidas. Vou fazer as perguntas descrevendo situações:

1. Fui cobrar um cara em um hotel. Quando cheguei, ele estava sentado e eu de pé. Daqui surgem duas duvidas:

Primeira: Como espelhar uma pessoa em uma posição diferente da sua? Se a pessoa está sentada e você de pé fica complicado espelhar a postura por exemplo.

Segunda: A conversa não durou muito. Em conversas curtas, qual seria a melhor maneira de criar rapport?

2. Fui fazer uma compra e o atendente estava atrás do balcão. Do lado que eu estava não conseguia ver a postura que ele assumia e nem os gestos. Ele também estava o tempo todo digitando no computador, pegando os produtos e etc. Daqui também surgem duas dúvidas:

Primeira: Como espelhar uma pessoa que você não consegue ver bem? No caso, nessa experiência do balcão.

Segunda: Como espelhar uma pessoa que está fazendo alguma tarefa? Eu tentei espelhar as atendentes da loja em que eu trabalho também mas quase sempre elas estavam fazendo alguma coisa, então fiquei extremamente perdido.

Abraços!
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The Potents
#939070 Salve, zKoot!

A minha visão sobre o espelhamento é que ele deve ser feito quando o interlocutor está focado em você. Se a pessoa está fazendo alguma atividade paralela, e consequentemente focada em mais de uma coisa ao mesmo tempo, não sei se ele se faz necessário.

Além do mais, ele deve ser bastante sutil, imitando alguns poucos gestos apenas, senão o interlocutor pode perceber e achar que, ou você não bate bem dos pinos, ou está tirando uma com a cara dele.

O rapport você pode fazer de outra maneira, como utilizando o C&F por exemplo. Desse modo, a pessoa pode se sentir confortável mesmo que não esteja te olhando diretamente. Você faz uma pequena graça (sem forçar a barra) e a pessoa sente que você "quebrou o gelo", eliminou a distância psicológica/emocional.

Eu uso muito disso quando vou aplicar injeção nos meus pacientes e os mesmos ou estão de costas, ou deitados ou mesmo de lado para mim, portanto, quase sem contato visual.

Situação: Paciente tenso esperando a injeção (alguns perguntam se dói e outros simplesmente travam). Nesse tempo todo do procedimento praticamente não olho para a pessoa, pois estou concentrado nas técnicas de preparo e aplicação. Tudo pronto, começa a interação:

Eu: - Fica tranquilo(a), que só dói quando respira!

Paciente: Ri e/ou comenta algo - Aqui já ocorre um pequeno relaxamento.

Eu (aplicando): - É brincadeira! Pra falar a verdade, eu nem sinto nada. E olha que faço isso o dia inteiro!

Paciente (ri novamente): - Ah, tá! É claro que não sente, não é em você! - poucos percebem que já estou no meio da aplicação.

Eu (terminando e passando o algodão): - Não falei? Nem senti nada de novo! Que mão que eu tenho, hein? Fala a verdade...

Paciente (rindo ainda, agora aliviado(a)): - Sabe que eu nem senti nada mesmo? Ah, agora só vou querer tomar com você e bla-bla-bla...

A partir daqui a pessoa sente-se muito confortável comigo, começa a contar histórias, a investir na interação e muitas vezes o papo rende e eu ganho mais um "freguês de carteirinha"!

É muito comum passarmos para outros assuntos e, se minha intenção fosse aprofundar em algo, o caminho estaria aberto. Vira e mexe me contam particularidades, tamanho o grau de confiança. Não raro esses "fãs" me trazem pequenas lembranças em datas festivas, ao final de uma série de aplicações ou mesmo sem motivo algum. Já aconteceram algumas vezes de eu chegar para trabalhar e ter gente no estacionamento me esperando para pedir para que eu faça a injeção!

Todos(as) os(as) meus(minhas) colegas de trabalham aplicam muito bem também, tudo dentro da técnica e tals, mas poucos(as) eliminam essas "distâncias" com as pessoas.

Óbviamente o foco não é sedução, mas as situações que você apresentou também não me pareceram, por isso citei este exemplo. Se a intenção é criar conforto e a partir dele buscar uma intimidade, para estas situações o C&F de leve cai muito bem! E o melhor, tudo rolou "naturalmente"!

Não sei se encaixou nas suas dúvidas, mas em se tratando de relações interpessoais, para mim isso tem funcionado muito bem na minha profissão, no meu contexto. Claro que fora eu faço de outras formas, mas uso do mesmo princípio.

Espero ter ajudado.

Forte abraço! :ae