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>>Psychokiller<<

Entusiasta

#660527
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Filosofia, um guia para a felicidade


Para os antigos, a Filosofia era considerada uma espécie de manual prático para se ter uma vida feliz. No passado, como hoje, a felicidade - ainda que não saibamos exatamente qual o seu significado, e que, para cada um de nós, possa ser algo diferente - continua sendo o principal objetivo do ser humano. Afinal, quem não quer ser feliz?

A pergunta parece ingênua, mas para a Filosofia ela é bem profunda. Tanto que muitos pensadores, ao longo dos séculos (e de alguns milênios) se propuseram a mostrar o que nos impedia de encontrar a felicidade e quais eram os meios pelos quais poderíamos nos tornar felizes. O interessante é que o mundo de hoje é incomparavelmente diverso daquele Antigo, que foi berço da Filosofia, mas a sabedoria de alguns filósofos ainda pode ser muito útil para quem busca a felicidade.

Quem afirma é o jovem escritor suíço Alain de Botton, cujo livro "As Consolações da Filosofia" -que fez um imenso sucesso na Europa e já se encontra no Brasil, editado pela Rocco - ganhou formato televisivo numa série produzida pelo canal britânico Channel Four, intitulada "Filosofia, um guia para a felicidade" (Philosophy, a guide to hapiness)


No livro, como na série, Alain de Botton apresenta as ideias de seis dos seus filósofos preferidos, que oferecem respostas para algumas das maiores mazelas humanas, como a ira diante das frustrações, o sentimento de inadequação ou inferioridade, as dificuldades de viver, a falta de dinheiro, o sofrimento por amor e a falta de confiança em nossas próprias crenças e ideias. São eles, por ordem cronológica (que não é a mesma ordem em que a série será exibida): Sócrates, Epicuro, Sêneca, Montaigne, Schopenhauer e Nietzsche.

Ao visitar o lugar de origem ou local em que os filósofos desenvolveram suas ideias, Alain de Botton apresenta um pouco da vida e do contexto histórico em que os pensadores viveram, mas se concentra mesmo na essência de seu pensamento. É dessa essência que ele extrai os exemplos para demonstrar como a filosofia pode nos ajudar a sermos mais felizes, quando aplicamos sabedoria a diversas situações de nossa vida, algumas bem cotidianas, como as que acontecem no trânsito ou no shopping center e, também, nas relações amorosas ou na conquista de algum ideal ou de uma simples meta.

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Sêneca


O primeiro episódio, a ser exibido no dia 27 de maio, é "Sêneca e a Ira". Nele, Alain de Botton apresenta as ideias do filósofo que se preocupou com o tema, nas primeiras décadas depois do início da era cristã. "Como respondemos às frustrações?", Botton pergunta. A resposta, de acordo com a conclusão de Sêneca é: com raiva. E Botton acrescenta, "ela está tão presente em nossas vidas quanto os engarrafamentos". Para demonstrar o pensamento do filósofo latino, o escritor se desloca pelo caótico trânsito de Roma a bordo de uma "van", conversando com o motorista, um típico cidadão explosivo e inconformado pela imperícia dos demais motoristas no tráfego. A mesma Roma que foi a cidade na qual Sêneca viveu, foi membro do Senado Romano e, contra sua vontade, tutor de Nero, num tempo em que os imperadores cometiam genocídios por puro divertimento.

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Arthur Schopenhauer


No episódio seguinte, o escritor se transporta para o mundo de Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão, de quem Botton extrai as ideias sobre as atribulações amorosas, que continuam a fazer todo o sentido para homens e mulheres de nosso tempo. Em "Schopenhauer e o Amor", o escritor destaca que, para o filósofo, os atos humanos são governados pela "vontade de viver", um impulso inerente a permanecer vivo e reproduzir. E diz que o amor nada mais é do que a manifestação da descoberta do pai ou mãe ideal para uma prole inteligente e bonita. Assim, na interpretação do escritor, o consolo de Schopenhauer para a rejeição amorosa é saber que ela é apenas consequência de uma lei da natureza.

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Epicuro


No 3º episódio pode-se conhecer a filosofia de Epicuro, nascido na Grécia em 341 a.C. Em "Epicuro e a Felicidade", o apresentador conta que, no coração da filosofia epicurista mora uma ideia bem simples: "não sabemos escolher o que nos trará felicidade. E o que queremos nem sempre é o que precisamos". Dessa vez, Botton está num lugar apropriado para falar de Epicuro nos dias de hoje: num shopping center, e seu personagem é um consumidor compulsivo. Claro que para Epicuro dinheiro não trazia felicidade, ou pelo menos não era suficiente. Aliás, qualquer pessoa sabe que se pode ter muito dinheiro e ser terrivelmente infeliz. Mas, afinal, qual era a receita do filósofo, para quem o prazer era a coisa mais importante da vida? Epicuro dizia que há apenas três coisas fundamentais: a convivência com os amigos, a liberdade (entendida como autossuficiência, inclusive financeira) e ter tempo e um lugar para pensar na própria vida, o que ele chamava de "ter uma vida analisada".

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Montaigne


O quarto episódio é "Montaigne e a Autoestima", sobre o pensador francês, Michel de Montaigne (1533-1592), que em seus "Ensaios" se debruçou sobre o sentimento de inadequação do homem em relação a seu próprio corpo, à sua inteligência e ao seu meio social. "Nossa aflição mais terrível é desprezar nosso próprio ser", dizia Montaigne, enquanto observava o comportamento dos animais, que eram considerados pelo filósofo mais inteligentes que nós, pois aceitavam naturalmente seus corpos. Para Alain de Botton, Montaigne foi um filósofo amoroso e incomum na história da filosofia, já que afirmava: "temos problemas porque temos razão". É ele também, segundo o escritor, que ensina a nos aceitar como somos, a aceitar a natureza humana em todos os seus aspectos, inclusive os considerados mais ordinários e aqueles que costumam nos causar grandes constrangimentos.

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Sócrates


No 5º episódio "Sócrates e a Autoconfiança" somos apresentados, passo a passo ao método socrático de raciocínio, que coloca à prova o senso comum e estimula o desenvolvimento de opiniões autônomas. Alain Botton mostra que, de acordo com Sócrates, sob determinadas circunstâncias é preciso ter força para não levar a sério as opiniões alheias e não agirmos como as ovelhas que seguem passivamente o grupo. É neste episódio, também, que o escritor cita um pensamento de Sócrates, que é um dos princípios básicos da série: o de que não precisamos estar na escola ou na Universidade, nem ter lido muitos livros para nos beneficiarmos da Filosofia. Ela pode ser praticada por qualquer pessoa, desde que se proponha a refletir sobre a própria existência e as várias questões da vida. Aliás, para Sócrates, nós não só podíamos, como devíamos, era uma questão de responsabilidade: "uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida", dizia o filósofo, que se tornou o símbolo máximo da própria Filosofia.

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Nietzsche


No 6º episódio Em "Nietzsche e as Dificuldades", Botton traz as afirmações do filósofo alemão (1844-1900), para quem as dificuldades da vida são desafios a serem vencidos, superados, através dos quais crescemos e conquistamos uma vida plena. Para ilustrar esse pensamento, Nietzsche usou várias metáforas e a mais comum era a do alpinista que escala uma montanha e visa chegar ao topo. Do alto das montanhas preferidas do filósofo, nos Alpes Suíços, o escritor conta a história da vida de Nietzsche, cheia de dificuldades, aliás, como problemas de saúde decorrentes da sífilis adquirida na juventude, desastres amorosos e incompreensão de suas ideias por seus contemporâneos. Ainda assim, ele nos deixou lições importantes como a necessidade de exaltação da alegria e de celebração da vida, e afirmava que "para atingirmos algo que valha a pena, devemos fazer um esforço extraordinário".

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Ao final da travessia pelos seis episódios da série pode-se continuar pensando que a felicidade ainda é algo complexo e que, principalmente, nos exige mudanças profundas, como: descobrir o que realmente precisamos para nos satisfazer, aceitar nossa própria natureza, não esquecendo que ela é, em parte, animal, aprender a defender nossas próprias ideias e crenças mesmo que a maioria seja contrária a elas, valorizar as dificuldades como alavancas necessárias ao nosso crescimento, entre todos os outros conselhos sábios dos filósofos. Mas se, por um lado, a série mostra que a felicidade não é imediata e pode ser que ainda esteja distante, por outro, ela nos convence que a sabedoria é algo essencial para aqueles que querem ser felizes de verdade. E sabedoria, ou melhor, filosofia, esta sim, Alain de Botton prova que está ao alcance de todos.

Sobre o autor - Alain de Botton


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Alain de Botton nas ruas de Roma


Alain de Botton nasceu em Zurique, na Suíça, em 1969, e hoje vive na Inglaterra. Seu primeiro livro, Ensaios de amor, foi publicado em 1993. Somente em 1997 ele passou a escrever não-ficção, quando lançou Como Proust pode mudar sua vida, best-seller na Inglaterra e nos EUA, que virou documentário da BBC2. As consolações da filosofia foi lançado em 2000 e adaptado para TV em 2001. Seus livros foram traduzidos em mais de 20 idiomas. Os títulos citados foram publicados no Brasil pela Rocco.


Fontes e créditos:





Videos e Lista de Reprodução Por José Gabriel
Canal do youtube - 04/06/2012

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Compilação por Psycho
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A U G U S T O

Veterano - nível 6

#667998 nossa psycho, legal demais em?! Eu li os resumos com calma... gostei, e assim que me der vontade e tempo, venho ver os episódios.

eu, particularmente, fiquei interessado em ver os episodios simplesmente porque gosto de filosofia, do estudo e conhecimento da filosofia, mas enfim, nao porque quero obter sabedoria para ser feliz atraves da filosofia, pois acho que as ideias, as "teorias" para se alcançar a felicidade, ao meu modo de ver, sao um pouco superficias. O que você acha Psycho? Pois, sei que você tem contato com ensinamentos budistas por exemplo. Você nao acha um pouco superficial em como eles tratam o assunto ""para se conseguir felicidade""? Tipo,
"Como respondemos às frustrações?", Botton pergunta. A resposta, de acordo com a conclusão de Sêneca é: com raiva.
Ou,
É ele também, segundo o escritor, que ensina a nos aceitar como somos, a aceitar a natureza humana em todos os seus aspectos, inclusive os considerados mais ordinários e aqueles que costumam nos causar grandes constrangimentos.


Queria ler sua opinião, você nao acha que, peguemos um exemplo, a filosofia do zen-budismo ja nao incorpora e soluciona todas essas ramificações que dao em torno "dos motivos de sofrimento e como soluciona-los".

Abraços.
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Criador do tópico

>>Psychokiller<<

Entusiasta

#668150
A U G U S T O escreveu:nossa psycho, legal demais em?! Eu li os resumos com calma... gostei, e assim que me der vontade e tempo, venho ver os episódios.

eu, particularmente, fiquei interessado em ver os episodios simplesmente porque gosto de filosofia, do estudo e conhecimento da filosofia, mas enfim, nao porque quero obter sabedoria para ser feliz atraves da filosofia, pois acho que as ideias, as "teorias" para se alcançar a felicidade, ao meu modo de ver, sao um pouco superficias. O que você acha Psycho? Pois, sei que você tem contato com ensinamentos budistas por exemplo. Você nao acha um pouco superficial em como eles tratam o assunto ""para se conseguir felicidade""? Tipo,
"Como respondemos às frustrações?", Botton pergunta. A resposta, de acordo com a conclusão de Sêneca é: com raiva.
Ou,
É ele também, segundo o escritor, que ensina a nos aceitar como somos, a aceitar a natureza humana em todos os seus aspectos, inclusive os considerados mais ordinários e aqueles que costumam nos causar grandes constrangimentos.


Queria ler sua opinião, você nao acha que, peguemos um exemplo, a filosofia do zen-budismo ja nao incorpora e soluciona todas essas ramificações que dao em torno "dos motivos de sofrimento e como soluciona-los".

Abraços.

voce entendeu a pergunta? Eu li e vi que ficou meio confuso...


Acho que sim irmão, acho que entendi, eu também acredito que através do zen budista por exemplo, você consegue sanar todos estes sofrimentos destacados na série acima, atingindo a iluminação.

Podemos chamar a filosofia budista, assim como a do confucionismo e as demais filosofias oriundas da Ásia, como Filosofia oriental

E estas outras como as destacadas na série oriundas do ocidente, como filosofia ocidental.

Na filosofia ocidental se atinge a Sabedoria através da reflexão analisada, uma vida analisada ou/e refletida para os filósofos ocidentais, é uma vida onde meditamos através do pensamento e reflexão sobre os elementos que compõem a nossa vida.

Na filosofia oriental, mas especificamente com o Budismo, a palavra iluminação significa a experiência do despertar espiritual alcançada por Gautama Buddha e seus discípulos, atingindo um novo nível de sabedoria, Sidarta Gautama, o Buda, o Iluminado, alcançou este estagio através de uma meditação silenciosa, diferente da meditação ocidental, que prega a elevação da sabedoria através da reflexão analisada.

Eu acredito que ambas tem coisas positivas para oferecer, e através de ambas, podemos transformar nossas vidas de maneira que esta transformação e elevação da consciência nos proporcione uma melhora na qualidade e na maneira como gozamos a vida. . .

Você deve se lembrar bem sobre o tópico sobre felicidade onde eu cito o Filosofo Baruch de Spinoza, e como a filosofia dele nos abre os olhos para podermos ver onde a felicidade duradoura não se encontra, mas que muitas vezes é onde teimamos em procura-la, ele identifica esta felicidade passageira como Prazer e que continuamente esta forma de felicidade é a que as pessoas costumam acreditar que repousa felicidade duradoura, mas ele deixa claro, através de um reflexão analisada, através do raciocínio lógico e do pensamento, apresentando argumentos e até exemplos que nos convence de que realmente, este tipo de felicidade é passageiro, e muitas vezes é seguido de frustração, ele até mapeia o prazer em 3 diferentes segmentos, riquezas (Dinheiro e bens materiais), glória (Status, popularidade, honrras, titulos, reconhecimento e etc), e o prazer sexual, ambos nos fazem felizes, mas uma felicidade passageira, e através desta reflexão, ele chega a uma conclusão de que a felicidade é internamente gerada, a felicidade duradoura repousa em nosso próprio interior, e o artigo do LoGun baseado no movimento da psicologia positiva complementa bem o pensamento dele, e que se você analisar bem, vai de encontro a muitos elementos da filosofia budista.

Artur Schopenhauer, também um filosofo, este alemão, chegou até a praticar o budismo, pois a tua filosofia pessimista, porém verdadeira, ia muito de encontro a elementos presentes na filosofia budista, que complementava o teu pensamento.

"Como respondemos às frustrações?", Botton pergunta. A resposta, de acordo com a conclusão de Sêneca é: com raiva.

Neste ponto, onde Séneca reflete sobre a maneira como respondemos as frustrações, dizendo que é com raiva, ele não está dizendo que esta seja a maneira correta, e sim que este é um sintoma negativo e que costumamos manifestar quando nos sentimos frustrados, ele está citando um sintoma oriundo da frustração, algumas pessoas ficam apenas desapontadas, ou sentem pena de si mesmas, mas neste caso ele cita a raiva, como um dos sintomas da frustração, e a frustração é um sintoma de expectativas não alcançadas, neste episódios, Séneca nos mostrar a origem da raiva, quando as coisas não saem da maneira como esperavamos (Expectativas não alcançadas), muitas vezes respondemos a estas situações reagindo com raiva e fúria, e através de sua relfexão ele tenta nos mostrar que devemos aceitar o mundo como ele é sem nos apegar a expectativas, assista o episódio para você ver como a idéia dele sobre a raiva nos faz relfetir sobre este assunto, no final do episódio ele nos surpreende com uma demonstração que ele vivenciou na própria pele de como sua filosofia o ajudou a banir por completo de sua vida o sentimento de frustração.

É ele também, segundo o escritor, que ensina a nos aceitar como somos, a aceitar a natureza humana em todos os seus aspectos, inclusive os considerados mais ordinários e aqueles que costumam nos causar grandes constrangimentos.

Aqui Montaigne, demonstra, como muitos outros já demonstraram, como próprio eckart Tolle, nos convidando a observar os animais, e aprender com eles, ver como o fato de eles não raciocinarem os fazem aparentemente seres felizes e auto-satisfeitos, (meio que nos alertando para como as vezes o pensamento é o causador de nosso próprio sofrimento, algo lembrado muito na espiritualidade).
inclusive os considerados mais ordinários e aqueles que costumam nos causar grandes constrangimentos.

Nesta parte especifica ele diz respeito aquelas pessoas que sentimos aversão, por elas irem por exemplo contra tudo o que achamos certo, as que estão fora dos padrões aceitos por nós, ele defende, que mesmo essas pessoas, devem ser aceitadas, não devemos sentir aversão delas, nem julga-las, mas sim aceita-las exatamente como elas são, como o próprio Eckart Tolle prega em teu livro o poder do agora.

Então cara, se você procurar semelhanças entre as duas filosofias, você encontrará, mas se procurar diferenças, também as encontraram, porque o ser humano é assim, ele encontra aquilo que deseja encontrar.

Eu acredito que ambas contem coisas positivas a nos oferecer, tanto a oriental quanto a ocidental, basta extrairmos de cada uma delas os fragmentos que nos ajudariam a elevar a nossa qualidade de vida.
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A U G U S T O

Veterano - nível 6

#675736
>>Psychokiller<< escreveu:
A U G U S T O escreveu:nossa psycho, legal demais em?! Eu li os resumos com calma... gostei, e assim que me der vontade e tempo, venho ver os episódios.

eu, particularmente, fiquei interessado em ver os episodios simplesmente porque gosto de filosofia, do estudo e conhecimento da filosofia, mas enfim, nao porque quero obter sabedoria para ser feliz atraves da filosofia, pois acho que as ideias, as "teorias" para se alcançar a felicidade, ao meu modo de ver, sao um pouco superficias. O que você acha Psycho? Pois, sei que você tem contato com ensinamentos budistas por exemplo. Você nao acha um pouco superficial em como eles tratam o assunto ""para se conseguir felicidade""? Tipo,
"Como respondemos às frustrações?", Botton pergunta. A resposta, de acordo com a conclusão de Sêneca é: com raiva.
Ou,
É ele também, segundo o escritor, que ensina a nos aceitar como somos, a aceitar a natureza humana em todos os seus aspectos, inclusive os considerados mais ordinários e aqueles que costumam nos causar grandes constrangimentos.


Queria ler sua opinião, você nao acha que, peguemos um exemplo, a filosofia do zen-budismo ja nao incorpora e soluciona todas essas ramificações que dao em torno "dos motivos de sofrimento e como soluciona-los".

Abraços.

voce entendeu a pergunta? Eu li e vi que ficou meio confuso...


Acho que sim irmão, acho que entendi, eu também acredito que através do zen budista por exemplo, você consegue sanar todos estes sofrimentos destacados na série acima, atingindo a iluminação.

Podemos chamar a filosofia budista, assim como a do confucionismo e as demais filosofias oriundas da Ásia, como Filosofia oriental

E estas outras como as destacadas na série oriundas do ocidente, como filosofia ocidental.

Na filosofia ocidental se atinge a Sabedoria através da reflexão analisada, uma vida analisada ou/e refletida para os filósofos ocidentais, é uma vida onde meditamos através do pensamento e reflexão sobre os elementos que compõem a nossa vida.

Na filosofia oriental, mas especificamente com o Budismo, a palavra iluminação significa a experiência do despertar espiritual alcançada por Gautama Buddha e seus discípulos, atingindo um novo nível de sabedoria, Sidarta Gautama, o Buda, o Iluminado, alcançou este estagio através de uma meditação silenciosa, diferente da meditação ocidental, que prega a elevação da sabedoria através da reflexão analisada.

Eu acredito que ambas tem coisas positivas para oferecer, e através de ambas, podemos transformar nossas vidas de maneira que esta transformação e elevação da consciência nos proporcione uma melhora na qualidade e na maneira como gozamos a vida. . .

Você deve se lembrar bem sobre o tópico sobre felicidade onde eu cito o Filosofo Baruch de Spinoza, e como a filosofia dele nos abre os olhos para podermos ver onde a felicidade duradoura não se encontra, mas que muitas vezes é onde teimamos em procura-la, ele identifica esta felicidade passageira como Prazer e que continuamente esta forma de felicidade é a que as pessoas costumam acreditar que repousa felicidade duradoura, mas ele deixa claro, através de um reflexão analisada, através do raciocínio lógico e do pensamento, apresentando argumentos e até exemplos que nos convence de que realmente, este tipo de felicidade é passageiro, e muitas vezes é seguido de frustração, ele até mapeia o prazer em 3 diferentes segmentos, riquezas (Dinheiro e bens materiais), glória (Status, popularidade, honrras, titulos, reconhecimento e etc), e o prazer sexual, ambos nos fazem felizes, mas uma felicidade passageira, e através desta reflexão, ele chega a uma conclusão de que a felicidade é internamente gerada, a felicidade duradoura repousa em nosso próprio interior, e o artigo do LoGun baseado no movimento da psicologia positiva complementa bem o pensamento dele, e que se você analisar bem, vai de encontro a muitos elementos da filosofia budista.

Artur Schopenhauer, também um filosofo, este alemão, chegou até a praticar o budismo, pois a tua filosofia pessimista, porém verdadeira, ia muito de encontro a elementos presentes na filosofia budista, que complementava o teu pensamento.

"Como respondemos às frustrações?", Botton pergunta. A resposta, de acordo com a conclusão de Sêneca é: com raiva.

Neste ponto, onde Séneca reflete sobre a maneira como respondemos as frustrações, dizendo que é com raiva, ele não está dizendo que esta seja a maneira correta, e sim que este é um sintoma negativo e que costumamos manifestar quando nos sentimos frustrados, ele está citando um sintoma oriundo da frustração, algumas pessoas ficam apenas desapontadas, ou sentem pena de si mesmas, mas neste caso ele cita a raiva, como um dos sintomas da frustração, e a frustração é um sintoma de expectativas não alcançadas, neste episódios, Séneca nos mostrar a origem da raiva, quando as coisas não saem da maneira como esperavamos (Expectativas não alcançadas), muitas vezes respondemos a estas situações reagindo com raiva e fúria, e através de sua relfexão ele tenta nos mostrar que devemos aceitar o mundo como ele é sem nos apegar a expectativas, assista o episódio para você ver como a idéia dele sobre a raiva nos faz relfetir sobre este assunto, no final do episódio ele nos surpreende com uma demonstração que ele vivenciou na própria pele de como sua filosofia o ajudou a banir por completo de sua vida o sentimento de frustração.

É ele também, segundo o escritor, que ensina a nos aceitar como somos, a aceitar a natureza humana em todos os seus aspectos, inclusive os considerados mais ordinários e aqueles que costumam nos causar grandes constrangimentos.

Aqui Montaigne, demonstra, como muitos outros já demonstraram, como próprio eckart Tolle, nos convidando a observar os animais, e aprender com eles, ver como o fato de eles não raciocinarem os fazem aparentemente seres felizes e auto-satisfeitos, (meio que nos alertando para como as vezes o pensamento é o causador de nosso próprio sofrimento, algo lembrado muito na espiritualidade).
inclusive os considerados mais ordinários e aqueles que costumam nos causar grandes constrangimentos.

Nesta parte especifica ele diz respeito aquelas pessoas que sentimos aversão, por elas irem por exemplo contra tudo o que achamos certo, as que estão fora dos padrões aceitos por nós, ele defende, que mesmo essas pessoas, devem ser aceitadas, não devemos sentir aversão delas, nem julga-las, mas sim aceita-las exatamente como elas são, como o próprio Eckart Tolle prega em teu livro o poder do agora.

Então cara, se você procurar semelhanças entre as duas filosofias, você encontrará, mas se procurar diferenças, também as encontraram, porque o ser humano é assim, ele encontra aquilo que deseja encontrar.

Eu acredito que ambas contem coisas positivas a nos oferecer, tanto a oriental quanto a ocidental, basta extrairmos de cada uma delas os fragmentos que nos ajudariam a elevar a nossa qualidade de vida.



Nossa Psyco, muito obrigado por dar sua resposta e opiniao.

E eu, realmente, olhei com olhos limitados e que julgaram o assunto, ou no caso, a filosofia do ocidente, de forma precipitada e muito negativa. Você deu uma resposta esclarecedora. Queria ate compartilhar com você. Pelo seguinte, olhei o presente com os olhos do passado. Explicarei. Eu sempre gostei de "filosofia" (a materia na escola; rsrs) mas apesar de gostar, confesso que nunca me interessei a ponto de me aprofundar, e pra mim, tinha coisas interessantes, mais que nao faziam sentido e nem poderiam resultar em uma melhora de vida diretamente. Pra mim era tudo muito filosófico rsrs, que fazia as mais belas e profundas perguntas mais nao passava disso. Essa opiniao aumentou quando li em algum lugar que a filosofia (falando de modo geral) se preocupou em fazer as perguntas mais nunca em responde-las (olha só!). Ok, e minha ignorância em relação a esse assunto aumentava quando lia coisas pelo meio, e uma vez foliei um livro chamado "NIETZSCHE para estressados" onde o livro era totalmente superficial e de uma "auto-ajuda" muito fugaz.

Desde entao, formei uma idea limitada (obvio) e preconceituosa sobre "Filosofia". Portanto quando li o texto, e o resumo achei, sinceramente, muito bacana, mais logo me venho na cabeça aquele livro "NIETZSCHE para estressados" onde tudo era superficial, e que resolvia o problema cortando apenas a cabeça, onde no lugar, logo depois, nasciam três. Meu pensamento era algo como "legal, legal, é interessante pra pessoas que nao tem muita sede de sabedoria e vive na zona de conforto". E logo associei ao cidadão brasileiro folgado, preguiçoso, que fica assistindo novela ao invés de ler um livro.

Enfim, ainda nao vi as series, pois estou sem tempo, mais pelo que você explicou, eu tinha uma ideia vergonhosa sobre a filosofia ocidental. Que me parece, que procura cortar as raízes do sofrimento, assim como a filosofia oriental, apenas usa uma abordagem diferente!


Psyco, grande abraço.
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>>Psychokiller<<

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#675900
A U G U S T O escreveu:Nossa Psyco, muito obrigado por dar sua resposta e opiniao.

De nada cara.

A U G U S T O escreveu:E eu, realmente, olhei com olhos limitados e que julgaram o assunto, ou no caso, a filosofia do ocidente, de forma precipitada e muito negativa. Você deu uma resposta esclarecedora. Queria ate compartilhar com você. Pelo seguinte, olhei o presente com os olhos do passado. Explicarei. Eu sempre gostei de "filosofia" (a materia na escola; rsrs) mas apesar de gostar, confesso que nunca me interessei a ponto de me aprofundar, e pra mim, tinha coisas interessantes, mais que nao faziam sentido e nem poderiam resultar em uma melhora de vida diretamente. Pra mim era tudo muito filosófico rsrs, que fazia as mais belas e profundas perguntas mais nao passava disso. Essa opiniao aumentou quando li em algum lugar que a filosofia (falando de modo geral) se preocupou em fazer as perguntas mais nunca em responde-las (olha só!). Ok, e minha ignorância em relação a esse assunto aumentava quando lia coisas pelo meio, e uma vez foliei um livro chamado "NIETZSCHE para estressados" onde o livro era totalmente superficial e de uma "auto-ajuda" muito fugaz.

Isso acontece com frequência, e não só com você como também com a maioria das pessoas, chamamos a isso de rótulos e generalizações, primeiro rotulamos o conteúdo, neste caso, a filosofia ocidental, depois rotulamos o sentimento que obtivemos desta experiência com o conteúdo, no teu caso a frustração por não ter alcançado o resultado esperado e que deu origem a crença de que era um material de conteúdo superficial, e então por último acontece a generalização, onde você generaliza esta crença de superficialidade para todos os materiais de origem da filosofia ocidental, e sempre que ouve falar de filosofia ocidental logo vem a sua cabeça as sensações e crença de que é algo superficial originadas daquela leitura lá no passado do livro "NIETZSCHE para estressados".

Realmente cara, as vezes não compreendemos o que o autor quis dizer, ou talvez ele realmente tenha se expressado de maneira muito ruim, mas não devemos julgar aquilo de maneira a nos frustrar, ou muito menos generalizar em nossa vida, isso realmente acaba nos limitando.

Por exemplo, também devemos sempre procurar tirar algo de útilo doq eu aprendemos, no episodio de Arthur Shopenhauer ele fala sobre o amor, uma palavra muito utilizada na Espiritualidade, por isso deve se ficar atento para não confundir o amor da espiritualidade com o amor que Schopenhaur estudou, Arthur Schopenhauer fala sobre o amor sexual, mais especificamente sobre a sensação de atração sexual pelo sexo oposto, não do amor como conhecemos na espiritualidade, é a história dos rotulos, as palavras tem significados diferentes dependendo, da cultura, da experiência da pessoa em relação aquela palavra ou do contexto em que esta sendo aplicada, neste caso a atração sexual entre duas pessoas. entendendo isso anulamos a chance de julgarmos o aprendizado erroneamente baseados em um preconceito.

Há também materiais que mesmo sendo considerados obras prima, como a filosofia de Nietzsche, acabamos por não simpatizarmos como eles, como foi o meu caso, ou eu não concordei com a maior parte ou então não compreendi bem as suas ideias, mas de toda forma a respeito, e ainda pudetirar algo de positivo dela, como o fato dele ver o sofrimento como uma forma de aprendizado e de auto-superação, e ainda que é possível encontrar satisfação e prazer também no sofrimento, onde está última vantagem ele a ilustra com o exemplo de uma alpinista, que sofre para escalar a montanha, mas que para ele é um sofrimento satisfatório e que vale a pena passar, sobre tudo quando ele chega ao topo, e pode apreciar a vista maravilhosa la de baixo vista aqui de cima.

A U G U S T O escreveu:Enfim, ainda nao vi as series, pois estou sem tempo, mais pelo que você explicou, eu tinha uma ideia vergonhosa sobre a filosofia ocidental. Que me parece, que procura cortar as raízes do sofrimento, assim como a filosofia oriental, apenas usa uma abordagem diferente!

Eu penso exatamente assim cara, eles também tentam cortar as raízes do sofrimento, porém com uma abordagem diferente, e mesmo que você prefira seguir as tradições da filosofia oriental, é interessante apreciar a filosofia ocidental, e dá até para aprender algumas coisas com ela, inclusive encontrar pontos incomuns entre as duas escolas filosóficas.

A U G U S T O escreveu:Psyco, grande abraço.
[/quote]
Abraços Augusto.
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A U G U S T O

Veterano - nível 6

#712248 psycho, eu vi a primeira parte cara...

queria saber se vc colocou ou esta colocando (ou tentando colocar) em pratica os ensinamentos de Seneca. De ter uma visão mais pessimista e nao tanto desejosa da vida? Cara, eu assustei, pois isso vai contra tudo o que eu dava como "produtivo", como por exemplo, a lei da atraçao, por em pratica a lei da atraçao. Logico, o budismo e os ensinamentos oriundos da filosofia oriental pregam para nos desapegarmos do desejo, pois ele é a fonte do nosso sofrimento, enfim. Mas nunca tinha pensando em esperar o pior...
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#712265
A U G U S T O escreveu:psycho, eu vi a primeira parte cara...

queria saber se vc colocou ou esta colocando (ou tentando colocar) em pratica os ensinamentos de Seneca. De ter uma visão mais pessimista e nao tanto desejosa da vida? Cara, eu assustei, pois isso vai contra tudo o que eu dava como "produtivo", como por exemplo, a lei da atraçao, por em pratica a lei da atraçao. Logico, o budismo e os ensinamentos oriundos da filosofia oriental pregam para nos desapegarmos do desejo, pois ele é a fonte do nosso sofrimento, enfim. Mas nunca tinha pensando em esperar o pior...

Cara, eu venho tentando conciliar um com o outro (O pensamento pessimista de Seneca com o otimismo da lei da atração), tipo, eu sou muito otimista e na maioria das vezes mentalizo e espero sempre pelo melhor, claro, por outro lado eu estou sempre preparado para o pior também, seja ele qual for, ou seja, eu sou otimista e pessimista ao mesmo tempo, a principio isso parece contraditório mas não é, pois acho que a essência é está mesma, "esperar pelo melhor e estar preparado para o pior".

Perceba bem, mentalizar o objetivo de forma positiva e otmista nos coloca na direção certa para chegar até ele aumentando nossas chances de alcança-lo, por outro lado estar profundamente preparado para o pior nos conforta e estabiliza o nosso estado emocional por já estarmos preparados caso o pior realmente venha a acontecer, e quando ele acontecer isso não nos abalará, manteremos a calma e se levantar e ir adiante se tornara muito mais fácil, já que não somos mais surpreendidos pelos fracassos, por isso eu digo que o pessimismo de Seneca é aceitação, aceitação do que vier a acontecer.

E aliando estes dois conceitos a mais um isso se torna ainda mais forte, veja, o pessimismo de Seneca mais o otimismo da lei da da atração somados ao poder do agora, ensinado por Eckart Tolle, esta sabedoria se tornaria ainda mais forte, imagine os 3 trabalhando juntos, eu acho muito possível, e muito poderoso.

Abraços!
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B_Vintens

Veterano - nível 2

#712342 o amor nada mais é que a natureza agindo, e nisso se inclui todas as leis de atração, acho fascinante este pensamento
este tópico foi excelente, hoje o pessoal capricho no Pua hehe, irei aproveitar que estou de cama e assistir aos videos, depois se possivel darei um outro feed melhor!
abraços
Match

Veterano - nível 9

#712647 Eu ja tinha assistindo os videos do Allan, são muito bons.

Eu não considero o Allan de Botton um filósofo para se aprender filosofia. O motivo - que pelo qual é muito criticado - é o de 'distorcer' um pouco a visão de alguns filósofos antigos a fim de fazer uma 'adaptação de auto-ajuda moderna'. Tenho uma edição da revista Filosofia que ele faz uma entrevista, de quando esteve no Brasil, que ele mesmo concorda que faz isso.

Mas se você não estudar filosofia pelo lado acadêmico, e sim como um conhecimento para aplicar na vida cotidiana, tudo bem :ae

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Agora fugindo um pouco do assunto do tópico, só para acrescentar e criticar algumas coisas.

Na filosofia oriental, mas especificamente com o Budismo, a palavra iluminação significa a experiência do despertar espiritual alcançada por Gautama Buddha e seus discípulos, atingindo um novo nível de sabedoria, Sidarta Gautama, o Buda, o Iluminado, alcançou este estagio através de uma meditação silenciosa, diferente da meditação ocidental, que prega a elevação da sabedoria através da reflexão analisada.


Durante a Idade Média, os árabes herdaram as obras de Aristóteles, fazendo com que o pensamento helênico influenciasse nas suas obras. Foram criados grandes tratados de metafisica, ética, epistemologia e teologia. Alguns pensadores como Averróis e outros foram responsaveis por influenciar grandes pensadores europeus da Idade Média como Duns Scoto, São Tomás de Aquino, etc.

Acredito haver uma diferença se tratando de filosofia europeia-oriental se tratando apenas dos pensamentos por trás do budismo, e outras religiões provenientes. Os árabes pelo contrario, tinham tambem um pensamento religioso, porem com uma maneira de pensar herdada por Platão e Aristóteles, e MUITO influenciada pelos neo-platonicos, como Plotino.

Você deve se lembrar bem sobre o tópico sobre felicidade onde eu cito o Filosofo Baruch de Spinoza, e como a filosofia dele nos abre os olhos para podermos ver onde a felicidade duradoura não se encontra, mas que muitas vezes é onde teimamos em procura-la, ele identifica esta felicidade passageira como Prazer e que continuamente esta forma de felicidade é a que as pessoas costumam acreditar que repousa felicidade duradoura, mas ele deixa claro, através de um reflexão analisada, através do raciocínio lógico e do pensamento, apresentando argumentos e até exemplos que nos convence de que realmente, este tipo de felicidade é passageiro, e muitas vezes é seguido de frustração, ele até mapeia o prazer em 3 diferentes segmentos, riquezas (Dinheiro e bens materiais), glória (Status, popularidade, honrras, titulos, reconhecimento e etc), e o prazer sexual, ambos nos fazem felizes, mas uma felicidade passageira, e através desta reflexão, ele chega a uma conclusão de que a felicidade é internamente gerada, a felicidade duradoura repousa em nosso próprio interior, e o artigo do LoGun baseado no movimento da psicologia positiva complementa bem o pensamento dele, e que se você analisar bem, vai de encontro a muitos elementos da filosofia budista.


Gostei da citação de Spinoza :)
De fato, a verdadeira felicidade é interna. Consiste em você se tornar alegre pelo que ja tem em sua vida.

Artur Schopenhauer, também um filosofo, este alemão, chegou até a praticar o budismo, pois a tua filosofia pessimista, porém verdadeira, ia muito de encontro a elementos presentes na filosofia budista, que complementava o teu pensamento.


Schopenhauer não praticou o budismo diretamente.
Pelo contrario, ele se apoderou de alguns conceitos e formas de pensamento do budismo - que eram entre os alemães visto como simples preceitos religiosos graças a influencia de Hegel na filosofia alemã - para aplicar em seu tratado metafísico "O mundo como vontade e representação", do qual só li alguns ensaios, mas posso afirmar que é muito bom.

O ruim do Schopenhauer é se fascinar com sua escrita, e ver muitos de seus pensamentos como verdades universais. Alguns pensadores geniais tem essa habilidade, e ele é um. De tanto ler ele, mas não peneirar suas ideias, você pode acabar adotando uma visão mais pessimista do ser humano, digo por experiencia própria.

Agora voltando, Schopenhauer alem de não praticar o budismo, ele via a obra de arte como 'fuga da Vontade', um processo de 'iluminação'. Não lembro muito o que ele quis dizer com isso. Mas acho que é algo que, quando você está presenciando o sublime de uma obra de arte, você escapa da Vontade(força que rege o mundo), e consegue a verdadeira felicidade.

Ele nem mesmo seguia sua filosofia as vezes. Ele punia a promiscuidade, mas vivia se acasalando rs
Vontade no caso seria o ser por trás do mundo que faz com que sintamos desejo. Desejo de beber agua para matar a sede, desejo de transar para reproduzir a especie, etc.

Há também materiais que mesmo sendo considerados obras prima, como a filosofia de Nietzsche, acabamos por não simpatizarmos como eles, como foi o meu caso, ou eu não concordei com a maior parte ou então não compreendi bem as suas ideias, mas de toda forma a respeito, e ainda pudetirar algo de positivo dela


Nietzsche sem duvida é um dos filósofos que mais se deve ter cuidado para não cair em preconceitos e falsas interpretações sobre sua leitura.

Felizmente sua leitura é facil, e com poucos conceitos academicos. Aconselho começar com GENEALOGIA DA MORAL, para entender o que Nietzsche quis dizer com conceitos como "senhor" e "escravo", e o que levou a criticar o cristianismo e a influencia do pensamento socrático-racional ou apolíneo no mundo.

Depois se quiser, leia O ANTICRISTO. Ou então "Crepusculo dos Idolos", em seguida.
Nietzsche é bom para você reavaliar a moral. Ver se o que você costuma seguir como regra te beneficia enquanto está vivendo.

Anyway, se for ler Nietzsche, deixe "Assim falou Zaratustra" e "A origem da tragédia" para serem lidos por ultimo. Embora "A origem da tragédia" seja o primeiro de sua bibliografia, eu acho a escrita confusa e dificil para quem ainda não conhece muito de seu pensamento. E bem, "Assim falou Zaratustra" - por um erro de interpretação - fez com que Hitler gostasse de sua obra, e deixasse esse grande pensador com má fama de fascista por umas boas décadas.

Realmente cara, as vezes não compreendemos o que o autor quis dizer, ou talvez ele realmente tenha se expressado de maneira muito ruim, mas não devemos julgar aquilo de maneira a nos frustrar, ou muito menos generalizar em nossa vida, isso realmente acaba nos limitando.


Por favor, não leia nada sobre filosofia que não tenha sido escrito por acadêmicos ou escritores consagrados.
Eu aconselho buscar materiais faceis sobre filósofos, e ir buscando algo mais academico e detalhado aos poucos, para entender bem o pensamento de um filósofo.

Se você gosta de Kant, quer entender seu pensamento, mas não quer ler um livro academico, e sim algo mais para entretenimento e reflexão para o dia-a-dia, evite logo de cara ler "Critica à Razão Pura" e leia "A religião nos limites da simples razão". É só um exemplo.
Claro que se você ja for leigo não tem problema nenhum. É valido tambem para outros autores.

Cara, eu venho tentando conciliar um com o outro (O pensamento pessimista de Seneca com o otimismo da lei da atração), tipo, eu sou muito otimista e na maioria das vezes mentalizo e espero sempre pelo melhor, claro, por outro lado eu estou sempre preparado para o pior também, seja ele qual for, ou seja, eu sou otimista e pessimista ao mesmo tempo, a principio isso parece contraditório mas não é, pois acho que a essência é está mesma, "esperar pelo melhor e estar preparado para o pior".


Eu não vejo lógica nenhuma em conciliar estoicismo - que é uma filosofia determinista-pessimista - com lei da atração, que é auto-ajuda new age que manda você enxergar o mundo como formado pelo que você pensa(positivo ou negativo).
Segundo você há uma razão que é responsavel pelo seu dia de amanhã e você não pode fazer NADA para mudar isso, e ao mesmo tempo o que você focaliza mentalmente é responsavel pelo seu futuro?

Claro, que se você usar isso como ponto de vista PESSOAL, ou como uma metáfora para te fortalecer - like a Anthony Robbins - não vejo problema algum. Eu mesmo tenho crenças que mesmo sendo facilmente refutaveis, elas não mudam de jeito nenhum (crenças positivas, claro).

Bem, era só isso. Só queria esclarecer alguns pontos, que a meu ver, estavam mal declarados ou errados. Não sou nenhum expert no assunto, mas gosto do assunto e leio alguma coisa hahaha!
Ótimo post. Hoje em dia ta dificil as pessoas lerem os classicos. Eu mesmo uso de muitos preceitos de Maquiavel e Sun Tzu no meu cotidiano.
:ae