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Raptor

MEMBRO PROFISSIONAL

#1055712 [color=#000000]Estou vendo que o pessoal tem gostado de artigos das antigas, estou postando esse, se gostarem posto outros que são antigos mas atuais

OBSERVAÇÕES:[/color]

1 - Primeira e principal, o artigo é de um cara chamado Guga Almeida, créditos para ele.
2- Por ser um artigo muito antigo, ele é todo baseado em MM, pessoas que não gostam dessa abordagem nem devem perder seu tempo lendo.
3- Novalmente, o artigo é antigo, e assim é cheio de siglas PU antigas, vejo que muitos tem repudio pelas siglas, se for seu caso, novamente, não perca seu tempo lendo.

Esta tarde eu estava explicando este ponto para um amigo. Vendo a quantidade de dúvidas dele sobre algo aparentemente tão simples (pelo menos para mim), ficou claro que o assunto precisava ser mais esmiuçado.

Só durante esta conversa percebi a quantidade de percepções e respostas reativas que este momento tão breve é capaz de envolver. Sutilezas tão determinantes que eu percebi que merecia um artigo a respeito.

Então, senhores, hoje vou explicar tudo o que eu conseguir sobre o Hook Point.

1) O que é o Hook Point?
Alguns de vocês já leram sobre ele no Mystery Method (ou artes venuzianas, ou afins). Outros podem ter simplesmente lido a definição em algum glossário de termos sobre Pick-Up Arts. Outros podemn até dominar o assunto. E alguns, claro, podem não ter a menor idéia do que seja.

Hook point é simplesmente o momento no qual o set aceita a presença do PUA que fez a abertura.

Sabe aquele momento em alguns relatos de campo no qual o PUA escreve algo como "Game On"? Aquele momento é o Hook Point.

O Hook Point é a fronteira entre as fases A1 e A2 (para os que seguem o Mystery Method), ou entre Abertura e Relaxamento (para os que seguem o BadBoy). Ele marca o momento em que "o gelo foi quebrado", e o opener passa a ser uma conversa, ou uma interação legitima.

2) Por que o Hook Point é importante?
A ocorrência ou não do Hook Point determina se uma abertura evolui para uma conversa ou para uma rejeição.

Qualquer rotina de atração que anteceda o Hook Point tende a parecer forçosa e a disparar os mecanismos inconscientes de defesa do set, resultando quase sempre em rejeição.

Por isso, saber reconhecer o Hook Point (e até mesmo conduzir o opener para o Hook Point) pode salvar o seu sarge.

O Hook Point não determina o sucesso do sarge, mas determina o sucesso do opener.

3) Quando ocorre o Hook Point?
O Hook Point acontece no exato momento em que a pessoa mais influente do set (não necessariamente o(a) líder daquele grupo, mas a pessoa que comanda a interação no momento do opener) passa a reagir passivamente às ações do PUA.

Vamos analisar esta sentença. O que quer dizer reagir passivamente?

Toda ação resulta em uma reação. Uma ação de estímulo auditivo, sinestésico ou visual por parte do PUA provocará reações, conscientes ou não, em cada pessoa que compõe o set.

Estas reações podem ser ativas ou passivas. A reação será ativa quando, de alguma maneira, buscar sobrepor ou ofuscar o frame do PUA.
Exemplos:
- Ignorar;
- Rejeitar abertamente;
- Indicadores de desinteresse;
- Indicadores de interesse acompanhados por shit test;
- Shit test de uma forma geral.

Resumindo - reações ativas ocorrem quando algum tipo de defesa psicológica ou emocional atua ativamente na interação.

Estas reações serão passivas quando, por outro lado, a pessoa aceita o frame do PUA ou parte dele.
Exemplos:
- Perguntas sobre o opener;
- Respostas com ganchos para conversa (Hook e gancho - notou alguma relação?);
- Elogios de alguma natureza;
- Silêncio, mas com atenção voltada para o PUA;
- Indicadores de interesse explícitos.

Qualquer das pessoas do grupo pode ter reações ativas ou passivas diante do opener (e da insistência pós-opener ou pré-hook).

Geralmente, consideramos que o set "hookou" quando a pessoa mais influente naquele momento tem a sua primeira reação passiva, influenciando diretamente na reação das demais pessoas do set.

Exemplos:
Maioria do set tem reação passiva, mas líder momentâneo(a) tem reação ativa - o set ainda não hookou;
Maioria set tem reação ativa, inclusive líder momentâneo(a) - ainda não hookou (aliás, set difícil este, heim???);
Maioria do set tem reação passiva, inclusive lider momentâneo(a) - hook point;
Maioria do set tem reação ativa, mas líder momentâneo(a) tem reação passiva - hook point.

O último exemplo não foi deixado por último a tôa. É o mais difícil de entender, afinal, causa a impressão de que somente o(a) líder momentâneo(a) do set hookou.

Como eu mencionei, o grupo, influenciado pelo(a) líder momentâneo(a), passa a hookar em seguida - a menos que outra pessoa assuma o papel de mais influente do grupo.

No entanto, vencido o frame da pessoa mais influente do grupo, cabe ao PUA assumir este papel. Por isso, não importa que a reação do restante do grupo seja ativa.

Outro ponto é quando o você passa a obter reações passivas da maioria do grupo, inclusive do seu alvo, mas o(a) líder momentâneo(a) do grupo permanece reagindo ativamente.

Neste caso existem três possibilidades:
a) desistir e ejetar (depois desta leitura, nunca mais será o caso);
b) perseverar até obter uma reação passiva do(a) líder;
c) delegar esta ação para o wing, quebrando o set inteiro em dois sets (um dos quais tem o alvo já hookado).

Existem também as reações neutras. Elas não são ativas, mas também não são passivas o bastante para caracterizar um Hook Point. É quando os frames do PUA e do(a) líder do set estão praticamente empatados.

Com estas definições, vem a próxima pergunta:

4) Como reconhecer o Hook Point?
Acho que esta é uma grande dificuldade ainda para muitos.

Não há muito material e nem muita teoria a respeito disso publicados por aí. Geralmente, quem entende bem sobre isso simplesmente internalizou tão bem as experiências que simplesmente percebe naturalmente, sem saber explicar muito bem.

Era o meu caso, até acontecer esta conversa com este amigo. Foi quanto eu senti necessidade de escrever o artigo, para não perder a referência nas próximas vezes que eu explicar o assunto para alguém.

O ideal é que cada um internalize esta percepção. O intento deste artigo está longe de promover a KJtagem. Mas é difícil explicar sem exemplos.

O fato é que eu reparei que ações diferentes podem representar o Hook Point em diferentes tipos de interação, dependendo basicamente do tipo de opener que o PUA utiliza.

Em um opener direto, por exemplo, o Hook Point pode vir em forma de IOI ou de concordância.

Em um opener situacional, o Hook Point pode vir em forma de concordância, ou mesmo de discordância, (assim como tanto a concordância quanto a discordância podem ser reações ativas - não hookar). Depende, basicamente, do nível de aceitação do assunto por parte do set. A dica crucial vem em instantes...

Em um opener de leitura fria o Hook Point vem com demonstração de interesse (pelo assunto - não confundir com IOI, embora IOI também represente Hook Point neste caso). Pode surgir uma pergunta do tipo "me fale mais" ou "como você descobriu isso?".

Em um opener de opinião pessoal ou opinião neutra, o Hook Point pode vir em forma de um depoimento pessoal após a resposta com a opinião.

Em um opener do tipo "pedido de ajuda" ou "pedido de favor", o Hook Point pode vir em forma de prestatividade.

A dica crucial para qualquer que seja o tipo de opener é que a forma mais fácil de reconhecimento do Hook Point é que quando ele ocorre, de alguma maneira, a outra pessoa (líder momentâneo(a) do set) abre ao PUA uma oportunidade de continuar com o seu assunto. Em outras palavras, o frame do PUA começa a dominar a interação.

5) O que fazer quando o Hook Point não ocorre?
A melhor forma que eu já verifiquei de como agir quando o Hook Point não ocorre em seqüência do opener é a mudança brusca de assunto.

Quando o frame do(a) líder da interação no set está mais alto que o do PUA que abriu o grupo, a ponto de prejudicar o Hook Point de um opener, insistir no mesmo assunto só leva a continuar colidindo com as defesas psicológicas e emocionais que este frame criou.

Neste caso, uma mudança brusca de assunto é muitas vezes capaz de encontrar uma brecha desprotegida nestas defesas.

Obviamente, haverão pessoas cujas defesas estarão tão intensas que mesmo após diversas mudanças bruscas de assunto, a interação não atinge o Hook Point.

A decisão de ejetar ou continuar nestes momentos vai do quanto de disposição o PUA tem e de quanto ele está disposto a se esforçar para obter o Hook Point (lembrando que, mesmo depois de obter o hook point, ainda haverão as etapas da atração, do conforto, etc).

Pessoalmente, depois de duas ou três mudanças bruscas de assunto, eu costumo mandar uma pergunta do tipo "Está tudo bem com vocês? Eu peguei vocês num momento de mal humor ou coisa do tipo?". Esta pergunta, geralmente, acaba forçando o hook point. Quando não, ao menos ela abre a oportunidade para que eu possa ejetar com classe e elegância, sem fechar as portas para uma possível nova tentativa no futuro.

Para ilustrar, vou dar um exemplo de uma mudança brusca de assunto.
PUA: "Vocês viram a briga das meninas alí fora?"
Set: "Não" (Reação neutra)
PUA: "Elas estavam brigando por causa de um cara de nome XYZ... Que tipo de nome é XYZ???"
Set: "Sei lá" (Reação neutra, mais para ativa)
PUA: "A briga chegou num ponto que uma puxou a blusa da outra e um dos seios dela pulou para fora. Eu fui obrigado a ver aquilo. Se ao menos fosse um seio bonito..."
Set: "Ah, tá... Legal..." (reação ativa... parece que não hooka de jeito nenhum)
PUA: "O que é isso no seu braço?" (Mudança brusca)
HB: "É uma pulseira." (Reação passiva, mais para neutra)
PUA: "Gostei. É elegante."
HB: "Obrigada" (Reação neutra)
PUA: "Como ela entrou na sua vida?"
HB: "Eu ganhei de uma amiga que blá blá blá..." Hook Point

6) Microcalibração para obter o Hook Point no Indirect Game.
Um dos pontos mais esmiuçados pelos vídeos do Mystery e do Matador é a microcalibração, mais especificamente a partir do opener, para obter o Hook Point e começar a trabalhar a atração.

Dois pontos são cruciais nesta microcalibração (qualquer que seja o método). Estes pontos são a pista falsa de tempo e o "Body Rocking" (ou "balanço corporal".

A pista falsa de tempo, acredito eu, dispensa maiores explicações. Pode vir em forma de uma olhada no relógio, de uma olhada para a tela do celular, de um gesto mímico pedindo para alguém esperar um pouco ou de uma frase do tipo "estou com pressa", "tenho pouco tempo" "tenho que voltar para os meus amigos" ou "tenho só um minuto".

O Body Rocking merece um pouco mais de explicação.

Não vou aprofundar, pois é um tema que merece um artigo inteiro só para isso, mas vou fazer uma abordagem superficial, ao menos para que aqueles que não conhecem possam se familiarizar.

Através da linguagem corporal é possível subcomunicar o desinteresse (desqualificação) e a pista falsa de tempo.

Um balanço no qual você modifica o peso do corpo de uma perna para a outra, como se fosse dar o primeiro passo para sair do set, é um exemplo de pista falsa de tempo.

O body rocking acontece basicamente assim, alternando entre o balanço no qual você modifica o peso do corpo de uma perna para a outra, como se fosse dar o primeiro passo para sair do set, e o balanço no qual o peso do corpo volta para a perna que está na direção do set, como se fosse aproximar mais do grupo.

Esta alternância de subcomunicação de interesse e desinteresse (uma forma sutil de Push'n'Pull) é o que se chama body rocking.

Outras maneiras de se microcalibrar o body rocking é abrindo e fechando a linguagem corporal (boi e leão principalmente, para quem já leu "o corpo fala"), é mudando a direção para onde os pés apontam, alternando entre a direção dp set e a direção da saída, é através do foco do olhar, para próximo ou para distante, é colocando a mão perto do bolso para sentir o celular, como se ele estivesse tocando, ao mesmo tempo que faz um breve silêncio ou pausa no que estava dizendo, retomando logo em seguida (como se tivesse notado que não é o seu celular que está vibrando), entre outras muitas.

Esta microcalibração passa a mensagem de que você pode ir embora a qualquer momento (independente do opener ser direto ou indireto), dando a idéia de que seu frame é mais forte e de que sua presença é escassa, portanto, valiosa, forçando assim o Hook Point.

7) Microcalibração para obter o Hook Point no Direct Game.
No direct game o Hook Point é microcalibrado através da imposição de frame.

No direct game, o frame do PUA deve, obrigatoriamente, ser o mais forte. E neste caso, a microcalibração vem em forma dos gestos já tão bem explicados e exemplificados pelo nosso especialista Ivan fprinceBR (Agora também conhecido como Lobichomem - - brincadeira, Ivan).

Estes gestos são o pé na mesa, puxar uma cadeira e sentar, kino prematuro, pegar pelo ombro e virar, ou até mesmo efetuar algum teste de concordância.

Ao tomar uma medida desta natureza, o PUA está impondo o Hook Ponit ao grupo.

8) O que fazer quando o Hook Point ocorre?
Obteve o Hook Point? Maravilha! Comece a trabalhar a atração.

Aí vale tudo. Vale o que você quiser...

DHV spikes, Story Telling, rotinas decoradas, rotinas adaptadas, Cocky'n'funny, Push'n'pull, NEG, jogos, testes...

Aqui entra tudo o que você conhece sobre atração. Começa com o Hook Point (no direct, com certeza começou antes - agora é só continuar).

9) O que acontece se você não mudar de fase no Hook Point?
Quando o Hook Point acontece, você tem que mudar de fase.

Não mudou? Perdeu o Hook Point? Mudança brusca de assunto e imponha novamente seu frame.

Não mudar significa continuar no opener e caminhar na direção de não ser mais interessante (ou até ser chato). Isso é DLV.

Num caso muito otimista, você pode obter um LJBF, mas mesmo para o LJBF é preciso quase sempre passar pelo hook point. Num caso mais próximo da realidade, não passar de fase diante de um Hook Point significa caminhar para a rejeição.

Você vai arriscar? Nem eu!

Conclusão
O Hook Point é o momento que determina a mudança de fase da abertura (A1) para a atração (A1). Dura poucos instantes, e pode aparecer em questão de segundos ou demorar uns poucos minutos para aparecer.

É caracterizado pela aceitação, por parte do(a) líder momentâneo(a) do set, do frame imposto pelo PUA.

Ocorre quando o(a) líder momentâneo(a) da interação do set (que no caso é a pessoa mais influente do set em um dado momento) passa a ter uma reação passiva às ações do PUA.

Toma a forma de uma oportunidade para o PUA continuar o assunto que iniciou.

Neste momento deve-se iniciar (ou intensificar) a atração.

Bibliografia
Hoje não tem... Fui eu mesmo que elaborei tudo isso, sem consulta nenhuma!!! Hehehehe... Os créditos são só meus desta vez, Hehehehe...

Abração a todos, e claro, comentem (e dêem reputação, se for o caso).
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CREDITOS: GUGA ALMEIDA