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Criador do tópico

MatheusLBR - MEMBRO EXCLUSIVO
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Ginástica Espartana
A ginástica espartana ou G.E. foi criada por volta de 1000 a.C.
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Asclépio - Esculápio (em latim: Aesculapius) era o
Deus romano da medicina e da cura. Atribui-se a ele o aperfeiçoamento da G. E.

Asclépio nasceu e viveu como mortal na Grécia em 700 antes do Cristo, após sua morte foi considerado Deus e venerado por seguidores, foi o responsável pela transformação da Grécia que antes dele era PRIMITIA, séculos depois, os romanos levaram a sua imagem para Roma e o chamaram de Esculápio o Deus da medicina. Ele foi o pai do HOLISMO! Na Grécia ele também foi aclamado Deus da cura, foi pai de Higiea e Panacéia, elas trabalhavam com ele em sua clinica.

Higiea cuidava dos banhos e Panacéia conhecia um jeitinho, uma forma para curar todas as doenças, sua clinica se chamava Asclepion e seus seguidores, os Asclepiades.

O Asclepion era o lugar onde os cidadãos gregos vinham buscar conhecimentos sobre a saúde e se curar, na clinica dele tinha hidroterapia, jejumterapia, dietoterapia, sucoterapia, helioterapia, geoterapia, cromoterapia , artes cênicas, nesta clinica tinha um anfiteatro para 14000 lugares que até hoje funciona - O EPIDAURUS, para trabalhar as emoções e a Ginástica para transformar magricelos em seres robustos e saudáveis. Ele tinha um complexo de atletismo com uma pista elíptica, pois foi ele quem bolou isso e os jogos olímpicos. Durante 1000 anos a Grécia teve um total de 2500 pequenos Asclepions espalhados por todo o território grego.

Esparta, uma cidade-estado localizada ao sul da Grécia, como visto, valorizava a disciplina e todos os seus cidadãos tinham que estar prontamente aptos e fortes para, a qualquer momento, defender seu território e a própria Grécia. Isso gerou um modo de viver muito metódico e militar. Todos os cidadãos, incluindo crianças, jovens, adultos e idosos tinham que se exercitar para estarem sempre fortes e bem preparados.

É sempre bom lembrar que, naquela época, não existiam aparelhos, muito menos academias. E assim foram criados movimentos enérgicos com a resistência do próprio corpo, capazes de desenvolver músculos perfeitos e simétricos, bem como uma força descomunal que nenhuma academia ou máquina é capaz de proporcionar.

Esses mesmos movimentos são hoje repetidos nas academias, porém com a utilização de pesos, cabos, aparelhos sofisticados, espelhos, música e muita manutenção. Enfim, uma parafernália que não cria músculos nem força naturais, mas sim dependência e limitações.

No sistema G.E., você não necessita de nenhum tipo de aparelho, equipamento ou até mesmo pesos. Nesse método é você mesmo quem exerce a força e ao mesmo tempo a contra-força, ou resistência, com alguma outra parte do próprio corpo e tudo isso sempre acompanhado do movimento das partes envolvidas. Os exercícios não são estáticos. Esta não é nenhuma referencia à estaticidade da Isometria e sim à elasticidade própria da Isotonia!

Através de métodos naturais, porém muito sofisticados e inteligentes, os espartanos atingiram a supremacia e a exuberância. Naquela região viveram esculturas vivas! Verdadeiros atletas e guerreiros. Cada soldado de Esparta era muito bem preparado e valia por dezenas ou, quem sabe, por centenas de homens!

O método G. E. se baseia no princípio de se fazer uso de forças opostas, de maneira que os gregos acreditavam que o homem vive num constante conflito entre o bem e o mal, entre o sim e o não, entre a vontade de agir e a preguiça, etc.

Todos nós nesse mundo material vivemos dentro dessa dualidade e essas forças opostas, quando unidas, podem resultar em algo melhor.

Isso nada mais é do que o principio da dialética. O confronto direto entre os opostos, que é visto todos os dias na própria Natureza. Ao fazer uso da nossa própria força, gerando resistência com outra parte do corpo, criamos o desenvolvimento de algum grupo muscular. E, para isso, não precisamos de acessórios!

Apenas precisaremos saber o que e como fazer, conhecendo bem a técnica de como nos exercitar e de como tirar proveito desse enorme potencial que, em si só, é uma máquina perfeita! Nosso próprio corpo humano!

Esse tipo de treinamento nos levará ao descobrimento de nosso potencial ainda tão latente. Pois, ao empregarmos a força natural de um lado do corpo contra uma força também natural, do outro lado do mesmo corpo, teremos uma experiência que nos levará à percepção de nós mesmos.

Dessa forma estaremos colocando em prática a máxima “conhece-te a ti mesmo”. E ao trabalharmos com a ajuda da própria oposição de nossas forças, não somente agiremos dentro do próprio paradoxo, mas seremos o próprio paradoxo!

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Reconstitição do aspecto original de Olímpia.


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Asclépio - Esculápio (em latim: Aesculapius) era o
Deus romano da medicina e da cura. Atribui-s a ele o aperfeiçoamento da G. E.

Os gregos, basicamente, aprimoraram um método muito antigo já existente na China e na Índia: a Isometria!

Na Isometria costuma-se fazer um esforço estático, sem movimento. Prende-se a respiração e conta-se até dez, faz-se com um membro do corpo o máximo de força contra um outro membro ou contra algum objeto estático (parede, batente da porta,etc.) Nesse caso, nenhum membro ou articulação se movimenta. Não existe intenção de deslocar nada, apenas exercer a própria força com o máximo de empenho e concentração. Isso faz com que o hemisfério cerebral esquerdo se oponha ao direito em total igualdade de forças. Se essa técnica isométrica e estática for praticada todos os dias durante longos anos, sem dúvida, levará a uma extrema rigidez mental e corporal. Tudo o que uma pessoa não deve querer, não é mesmo?

A ISOTONIA ESPARTANA

A G. E. nasceu e desenvolveu-se a partir da Isometria, porém, no sistema Espartano de um modo diferente as articulações se movem sim e os músculos se contraem com resistência e depois se estendem, também com resistência. Os movimentos deixaram de ser isométricos e passaram a ser isotônicos. Assim, tudo isso é executado com dinamismo e concentração mental, pois é preciso manter a tensão tanto na contração assim como na extensão. A respiração acompanha o movimento e sempre que se emprega a força e se faz um movimento para baixo se inspira e quando se emprega a força e se faz um movimento para cima, se expira.

É como se você estivesse numa academia levantando pesos, porém a resistência nesse caso é feita por você mesmo, por alguma parte do seu próprio corpo.

E na G. E., todos esses comandos começam a partir de nossa cabeça. E não podia ser diferente! São os nossos hemisférios cerebrais que dirigem e comandam nossas ações e movimentos.

Enquanto que o lado esquerdo do cérebro (que comanda o lado direito do corpo) dá um comando para “ir em frente” e fazer o esforço, o lado direito do cérebro (que comanda o lado esquerdo do corpo) “diz” não e resiste, “não deixando barato”.

Mas, na nossa cabeça, existem mais do que dois hemisférios. Ainda temos o terceiro hemisfério, o cerebelo que irá intermediar entre o esquerdo e o direito. Esse compartimento é responsável pelo equilíbrio e coordenação muscular. Graças a ele algo diferente pode acontecer. Esse hemisfério permite que um lado ceda enquanto que o outro lado mais forte se sobreponha e o “vença”. No término do movimento será a vez do outro lado “vencer” enquanto que o primeiro lado resistirá, sempre com a permissão do cerebelo que propiciará o comando principal!

Tem que Ceder! Ceder para poder se desenvolver! E quanto mais forte ficar cada lado, mais precisaremos saber ceder. Porque sem esse ato consciente de ceder, não poderemos realmente nos desenvolver!

E aí está a própria dialética! E o próprio paradoxo! O emprego de forças opostas que ao travarem uma “disputa” direta resultará no aumento da energia e no fortalecimento do corpo, contanto que a mente sempre saiba ceder!
Eis aí a própria Grécia!

Assim “funcionava” a incrível e complexa mentalidade grega dos tempos antigos! Na dialética e no paradoxo!

Portanto, é preciso fazer alguns exercícios para melhor entender esse confronto dos opostos, assim como também é de suma importância vivenciar o ato consciente do CEDER. O que será possível logo adiante, depois de tecidas mais algumas observações.

Por volta de 1920 um imigrante italiano, Ângelo Siciliano, mais conhecido como Charles Atlas, reativou o método e criou um curso por correspondência que foi traduzido para 7 idiomas. O curso chegou a ser vendido para 30 milhões de pessoas até o ano de 1970. Seu método foi utilizado por todo o exército americano, que estava fisicamente sucateado entre 1939 e 1945. De modo que, com o método e a ajuda de Charles Atlas, o pentágono recebeu preparo intensivo de três meses, para a segunda grande guerra, afinal o governo precisava de resultados rápidos, duradouros e sem a necessidade de investir alto em máquinas e equipamentos que não resultariam na eficiência requerida.

Começou a praticar o método com 17 anos de idade e entre 21 e 25 anos fazia demonstrações de força, viajando com um teatro de variedades por todo os Estados Unidos. Fez demonstrações de força até os seus 63 anos de idade sendo que ao todo rasgou 300 listas telefônicas; entortou com o dedo indicador e polegar 500 moedas de 10 cents; entortou pregos longos usados para fixar trilhos de trens; puxou por diversas vezes 6 carros amarrados em uma corda ao longo de uma milha; puxou por uma milha um bonde lotado de passageiros com apenas uma corda amarrada em seu pescoço sem fazer careta e puxou um vagão de trem de 65 toneladas ao longo 30 metros. Essas proezas de força realizadas em praça pública foram testemunhadas por dezenas de milhares de pessoas ou registradas pela imprensa.

Celebridades famosas tais como Clark Gable, Joe Loweis ,Rocky Marciano, Joe Demagio, Mohamed Ali, Bruce Lee e John F. Kennedy idolatravam Charles Atlas e, acima de tudo, praticavam seu método.
educorrea

Aprendiz

#700710 cara acredito que tem muita semelhança com o Qui going (chi kung) que é uma técnica chinesa de kung fu medicinal, e bem interessante...
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Dan Casanova - MEMBRO EXCLUSIVO
#705757 Eu tenhos os livro de charlas atlas, e outros de treinos isométricos..pratico já algum tempo, mas de boa demora muito pra crescer! Vale lembrar que na grécia eles utilizavam halteres e barras fixas para auxiliar nos exercícios isométricos. (Era só oque precisavam)
O ideial é que faça bem cedo quando acorda, depois vai pra academia, e a noite faz a mesma repetição da manhã.