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Xris

Aprendiz

#918545 Fala galera, aqui é o Chris, mais uma vez escrevendo pra vocês, pra passar um pouco da minha experiência e visão de jogo.

Eu leio bastante coisa aqui no Fórum já há algum tempo, mas acho que nunca li nada explicando sobre o que significa realmente ser um PUA. Além disso, todos os artigos que eu li até hoje falando sobre método direto e método indireto sempre tem a visão do autor defendendo o método que mais lhe agrada. Já li artigos muito bons defendendo cada método, mas acho que comparar um com o outro é a mesma coisa que querer comparar um carro esportivo com um trator. São veículos diferentes com aplicações diferentes.

Então vamos lá:

Em primeiro lugar, o que significa ser um PUA ou um artista da sedução? A grande maioria dos caras quer entram nesse mundo e começam a ler os materiais acredita que o PUA é tipo um super-herói, com poderes sobrenaturais que pega toda e qualquer mulher que vir pela frente, sem deixar escapar nenhuma. Então ser um PUA significa sair pegando geral por aí? Bem: Sim e Não. O PUA é um cara que tem um conhecimento maior sobre as dinâmicas sociais do que a maioria dos caras comuns e, por essa razão, consegue se dar melhor com as mulheres. E por dinâmicas sociais entendam a mecânica por trás das relações de pessoas com pessoas.
A questão é que isso não significa NECESSARIAMENTE pegar mais mulheres do que um cara que não conhece as técnicas nem nunca leu sobre o assunto. Existem naturais que pegam mais mulher do que muito PUA que eu conheço. A diferença é que um PUA consegue chegar no resultado de uma forma mais rápida e com menos esforço do que um cara que não conhece as técnicas. Enquanto um natural age por instinto, o PUA sabe exatamente o que está acontecendo naquele momento e aplica a técnica necessária pra conduzir a situação pro resultado que ele quer. A ideia básica é você conseguir beijar a mulher e leva-la pra cama com o mínimo esforço possível. Isso é ser PUA. Enquanto um natural consegue chegar nesse resultado com horas de interação, o PUA é aquele cara que em menos de 10 minutos tá beijando a gata e 1 hora e meia depois tá saindo da noitada com ela.

Outra grande questão é a eterna disputa entre os adeptos do método direto x adeptos do método indireto discutindo pra ver qual dos 2 é melhor.

Encarem da seguinte maneira:

Tanto o método indireto, quanto o método direto são ferramentas para se atingir um objetivo. Vamos fazer uma analogia: Imagine que você tem 2 ferramentas em casa – um martelo e um serrote. Você não vai usar um serrote pra pregar um prego na parede de casa, vai? Também não vai usar um martelo pra serrar um tronco de árvore. Pois bem. Os 2 métodos são ferramentas da mesma forma e funcionam melhor em situações específicas.

Se você chega na balada logo no começo, quando a “temperatura da balada” ainda está fria. Ou seja: Lugar ainda está vazio, o ambiente ainda está mais claro, a música está mais baixa, as pessoas que estão lá ficam cada uma no seu grupinho e os grupos ainda não interagem entre si. Nesse momento, você fazer uma abordagem usando o método direto é um tiro no pé. Dificilmente vai funcionar. Porque essa é a fase da balada da socialização. A balada ainda não está pegando fogo. Essa é a hora que a galera quer socializar! Mas o que significa socializar? Significa você interagir com os grupos que já estão na balada, sem demonstrar interesse por nenhuma gata em específico.

Mas Chris, isso é exatamente o que é pregado pelo método indireto! Abordar sem demonstrar interesse.

Exatamente. Nessa fase da balada, o ideal é utilizar o método indireto, pois o objetivo é abordar e interagir com vários grupos, sem demonstrar interesse em ninguém. Fazendo isso, você está aumentando o seu valor social na balada.

Mas aí a noite vai passando, o clima da balada esquenta, a galera começa a beber e se soltar, o volume do som aumenta, a iluminação diminui, os grupos já interagem entre si e a galera começa a se pegar. Esse é o momento de transicionar:

Você já abordou vários grupos. Já pôde perceber dentre esses grupos, quais foram mais receptivos e quais não foram tão receptivos, certo? Nos grupos mais receptivos, você tem “passe livre” pra voltar e continuar a interação. Você não é mais um desconhecido qualquer que tá indo lá abordar e precisa conquistar a aprovação do grupo. Você já interagiu com o grupo. Você já demonstrou que é um cara de alto valor social. O grupo já te aprovou. Então, você retoma a interação. Mas daí é hora de partir pro ataque. Tem necessidade de você chegar de forma indireta? Não. Você pode chegar de forma direta na gata em que estiver interessado. Ou pode interagir mais um pouco e prolongar a conversa, permanecendo no método indireto. Aí vai depender do quanto de esforço e de tempo você está disposto a "gastar" com aquele set em específico.

Mas daí a noite vai passando, a balada já tá pegando fogo, com todo mundo se pegando. Nesse momento, você vai chegar numa gata na pista, o funk rolando solto, mulherada descendo até o chão e resolve continuar no jogo indireto

“Oi, tudo bom? Vou falar com você rapidinho, porque meus amigos estão ali me esperando, mas eu queria uma opinião feminina: Quem mente mais? O homem ou a mulher?”.

Cara, são 3 horas da manhã, a mulher tava descendo até o chão se rasgando no funk, rebolando até dizer chega, te olhando nos olhos e abrindo um sorriso de orelha a orelha, vc jura que acha que o que ela quer ouvir nesse momento é você pedir uma opinião feminina, quase virando de costas pra ela???? Tem certeza que essa é a melhor abordagem pra essa situação? A gata já conversou o que tinha que conversar, já bebeu e dançou bastante também. Se ela tá sozinha e ainda não foi embora é porque ela também tá procurando alguém pra ficar. Nesse momento, o que ela menos quer é ficar de papinho furado com alguém por mais algumas horas. Ela quer um cara de atitude que chegue da forma correta, mostrando segurança e confiança. Então nesse momento, a melhor coisa a se fazer é partir pro jogo direto.

Da mesma forma que as chances do método direto não funcionar no início da balada, as chances de uma abordagem indireta quando a balada já tá pegando fogo funcionar são igualmente pequenas. Conhecer um pouco de cada método e saber a hora certa de aplicar cada um é sinal de inteligência social. Aprendendo um pouco de cada só vai trazer benefícios à vocês. Então, ao invés de se prenderem à um método apenas, comecem a praticar um pouco de cada, que as chances de vocês terem sucesso só tende a aumentar.

E aqui vai uma dica pros amantes do jogo indireto:

O pessoal fica muito em cima do MM (Método Mystery), pois foi o primeiro livro que realmente mostrou um método do início ao fim do processo, então muita gente acha que esse é o melhor material que existe sobre PUA. Bom, para aqueles que acham isso, sugiro que leiam os outros 2 livros do Mystery - "The Pìck-up Artist" e o "Revelations". O Mystery mudou muita coisa do método original. MM é bom? Sem dúvida. Mas é tecnologia ultrapassada. O próprio Mystery não usa mais alguns conceitos que ele mesmo colocou no MM e algumas etapas foram eliminadas, reduzidas ou alteradas. Os outros 2 livros não tem tradução oficial pro português, mas procurem por aí que vocês acham algumas traduções "não-oficiais". Pra quem curtiu o "The Game" do Neil Strauss, o "The Pick-up Artist" é como se fosse a continuação da história. O "The Game" termina quando o Style sai do Projeto Hollywood com a Lisa Leveridge, certo? Mas um pouco antes disso, o Mystery abandona a mansão. Pois bem. O "The Pick-up Artist" começa exatamente com o Mystery indo embora da mansão. Garanto que vale a leitura. Vai abrir a cabeça de vocês.

É isso galera, semana que vem tem mais.

Abraços,