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Criador do tópico

Lucãao !

Veterano - nível 4

#992400 Por que não conseguimos criar um rapport genuíno?
Perdemos a capacidade de escutar...
Este é um artigo do blog O Espaço que eu gostaria de dividir com vocês amigos.
O artigo original se encontra AQUI.

Então vamos lá:
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Está escancarado e nós fingimos não ver. Mas por mais que ignoremos, não deixa de ser uma verdade inconveniente.

Nós estamos surdos. Perdemos a capacidade de escutar uns aos outros. A única voz que estamos interessados é a nossa própria voz.

Você fala e fala. Eu estou calado, mas não estou te ouvindo. Estou esperando a minha vez de falar. E numa rápida janela de oportunidade entre suas palavras, eu começo a articular as minhas. Você se cala, mas não está me ouvindo. Está pensando nas suas próximas sentenças, de olho em um gancho para encaixá-las e voltar à posição de quem se expressa.

Assim caminhamos... Você consegue imaginar a tragédia de uma sociedade sem comunicação? Não precisa imaginar muito, já vivemos neste mundo.



Do individualismo e do ego.

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Imagine que você foi convocado às pressas para uma cerimonia, mas as suas gravatas estão sujas. É um evento importante e você precisa muito mostrar uma boa imagem.

Porém, por falta de tempo, você decide ir sem gravata mesmo. Afinal, não da pra perder as oportunidades que aquela noite poderia oferecer.

Então, logo nos primeiros passos local adentro, você cruza com um homem bem vestido. Acontece aquela troca de olhares rápida e você se pergunta se ele percebeu a sua ausência de gravata.

“Será que eu estou muito estranho ou inadequado”?

Dá uma pequena aflição de estar sendo julgado por todos ao redor.
“O que aquele homem realmente pensou da minha vestimenta”?

A verdade é que ele não pensou nada!

O homem estava inseguro, pois naquela semana não conseguiu agendar um horário no cabelereiro. Como não poderia perder o evento, resolveu participar com o cabelo grande mesmo.

Percebe? Eu sou o centro do meu mundo, você do seu e o homem de cabelão dele mesmo. E não há espaço para que esses mundos se encontrem e interajam. Não há tempo e nem espaço.

Todos no salão preocupados com eles mesmos. Assim ninguém se dá conta da sua “não-gravata”.

Claro, eventualmente alguém pode reparar e até mesmo lhe tecer um comentário. Mas isso dificilmente terá algum peso de relevância na vida daquela pessoa e ela provavelmente esquecerá nos próximos dois minutos.

Ninguém está, de fato, interessado no outro.
E no diálogo? Piorou.

Ninguém quer realmente saber o que você tem a dizer e a recíproca é verdadeira.

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Certa vez estava eu no salão de desembarque do aeroporto esperando para entrar no Brasil, quando duas mulheres que estavam adiante começaram a conversar sobre a violência que assola o país:

- Você acredita que o meu filho foi assaltado na porta de casa em plena luz do dia? O ladrão levou tudo e ele está muito traumatizado agora.

O que você responderia à uma pessoa que está abrindo o trauma de um filho, uma dificuldade que a família dela está enfrentando? O dialógo prosseguiu assim:

- Lá na minha terra é bem pior, às vezes os bandidos fazem ‘toque de recolher’, não deixam ninguém sair após às 22 horas. Outro dia um rapaz foi baleado quando chegava do trabalho tarde da noite.

Caramba, um grupo de pessoas ruins definindo a liberdade de ir e vir das pessoas? Chocante, não? Não para a primeira mulher:

- O meu filho agora não consegue entrar em casa sozinho mais. Precisa sempre de alguém vigiando. Estamos pensando em trocar a casa por um apartamento.

- Isso aí com a gente não resolveria nada. Lá ninguém tem segurança em lugar nenhum...

Não precisa nem continuar, né? Já deu pra perceber que essa é uma conversa de surdos. Não se escuta, se disputa. A vaidade é tão grande que a conversa acabou virando uma briga de quem sofria desgraça maior.

E é assim que atualmente nos encontramos. Todos somos as mulheres do aeroporto. Cada vez mais isolados em uma bolha de ego, perdemos contato com o mundo.

E as consequências de um mundo que não sabe se comunicar? São trágicas.

Em todas as esferas. Enquanto indivíduos, estamos tristes, solitários, egoístas, depressivos e aflitos. Enquanto socidade rejeitamos a nossa própria culpa, afogamos na lama, corrupção, polaridade, maniqueísmo e desesperança.




Tem alguém do outro lado?

Em uma conversa, ter o foco fechado em si mesmo é perder a oportunidade de crescer e ampliar os horizontes.

Escutar ajuda a entender que existem outras formas de ver o mundo, outras maneiras de lidar com as situações.

Cada palavra carrega a história de vida de quem fala, uma história que é diferente da história de quem escuta.

Cada ser é um universo. E O mapa não é o território. Por trás das palavras, do jeito, do tom, da velocidade da fala e do sotaque existe infinitude. Criação, experiências, percepção de tempo, valores, crenças, emoções, estado físico, estado emocional.

Quando alguém precisa se abrir conosco é razoável tentar entender o que esta pessoa está passando, o que está sentindo. É bonito e respeitoso tentar assimilar as palavras e o que elas carregam. Os sentimentos, as emoções.
É possível ouvir sem julgar, sem comparar e sem puxar a conversa para nós mesmos.

Quero dividir com você este pequeno texto que circula na internet e reflete bem tudo isso:


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Talvez por isso a terapia se faz cada vez mais necessária nos dias de hoje...




As portas que se abrem

Todo mundo está em busca de um diferencial. Se destacar em alguma coisa que resulte em grande sucesso e reconhecimento.

Pois eu vou te dizer com muita convicção, não há diferencial maior que se interessar pelo o outro. Mas se interessar genuinamente.

Estar interessado verdadeiramente nas pessoas ao seu redor, praticar uma escuta ativa e exercer a empatia podem fazer a diferença na sua vida.

Essas práticas vão te auxiliar a:

1) sair de uma rotina mental, dando-lhe novos pensamentos, novas visões, novas ambições.
2) fazer amigos mais facilmente.
3) aumentar sua popularidade.
4) conquistar pessoas para o seu modo de pensar.
5) aumentar sua influência, seu prestígio, sua habilidade em conseguir as coisas.
6) resolver queixas, evitar discussões e manter seus contatos humanos agradáveis e suaves.
7) despertar entusiasmo entre os seus companheiros.

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Mas eu insisto, o interesse deve ser sincero, genuíno. Quem finge pode alcançar alguns resultados breves e frágeis. Porém aqueles que conseguem praticar a empatia verdadeira alcançam outros níveis, à longo prazo, tanto profissionalmente quanto pessoalmente.



A Escutatória

Certa vez, o nosso queridíssimo Rubem Alvesescreveu:

“Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer curso de escutatória. Mas acho que ninguém ia se matricular”.


Não sou capaz de te oferecer um curso de Escutatória. Mas gostaria de lhe propor um exercício. Um exercício de acolhimento.

Durante os próximos sete dias, se proponha a escutar uma pessoa por dia.

O objetivo é receber a pessoa e o que ela tem a dizer. Deixar ela se sentir a vontade pra ser ela mesma. Sem julgamentos, sem críticas e sem conselhos. Ser apenas um espaço que ela possa contar quando precisar se abrir, se sentir ouvida e acolhida. Mostrar que você a compreende e confia na sua capacidade. Se possível, faça isso sem usar as palavras.

Que tal? Vai ser bom para ela, para você, para a relação de vocês e para o mundo!

No fim, eu gostaria que você compartilhasse essa experiência comigo. Como foi, o que sentiu e a conclusão que tirou. Pode ser por aqui nos comentários, via alguma rede social ou pelo email de contato, tanto faz. Eu ficaria muito feliz de ouvir a sua opinião.http://oespaco.net/
O Espaço é isso aqui! Reflexões pequenas e poderosas!
Grande abraço!
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> BD <

Aprendiz

#992428 Irmão...

Muito bom, mindset para vida toda e, em alguns casos, o que precisava para seguir em frente no seu desenvolvimento.





Muito obrigado!
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The112Player

Aprendiz

#992459 Fala Lucão,

ótimo texto esse que você trouxe pra gente e que causa uma reflexão boa. No nosso cotidiano quase que no automático entramos nessa onda de impor a nossa opinião ou pelo menos fazer com que ela seja ouvida a todo custo. Pouco paramos pra ouvir e realmente se importar com que os outros tem pra compartilhar e admito que isso vai ser um desafio pra mim nesse caminho de evolução. Mas é fato que quando abrimos mão do nosso ego e procuramos trocar experiências e sempre abertos pra aprender as coisas fluem melhor. Valeu por compartilhar esse texto!

The112Player
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Zanella

Aprendiz

#992498 Apesar do texto ser uma crítica ao individualismo crescente em nossa sociedade, acredito que ele não se aplica EM NADA ao pickup.

POR QUE?

Se você ver a essência do texto, é basicamente "seja legitimamente interessado pelas outras pessoas, escute elas mais, tente entender o seu ponto de vista"
Isso é bem bacana, se você quer virar o amigay da rodada! Ao interagir com as mulheres, é essencial se expressar, o seu mindset tem que ser EU EU EU, você quer se divertir mais, conversar mais, viver mais, e isso que atrai as mulheres, um homem que está em seu caminho na vida, que legitimamente não se importa com os julgamentos dos outros.

Claro, isso se aplica as fases de open e atração, mas quando você entra em comfort você aplica o que o texto diz certo?

ERRADO!

Para haver um rapport genuíno, é necessário uma troca, mas não uma troca de informações, e sim uma troca de energia (sem querer apelar ao esotérico), você tira a sua máscara e demonstra quem é realmente. A energia no caso é uma troca de olhar profunda, um toque legitimo, tu tentar entender a pessoa que está na sua frente, ao invés de escutar o que ela fala.

Bacana, mas como se faz isso?
Infelizmente não sei ao certo. Eu sei que para criar um rapport genuíno, é necessário tirar todas as máscaras e demonstrar sua verdadeira personalidade. Infelizmente, quando você é uma pessoa lógica e analítica como eu (e aposto que a maioria de vocês também é), você fica tentando ver as microexpressões, pensa nas emoções que ela está sentindo e como direcionar isso.
Claro, um rapport profundo não é necessário se você quiser levar ela para a cama, mas é muito importante se quiser tornar a gata sua namorada. Eu tenho um amigo que tem essa capacidade, assim que ele olha para uma pessoa e conversa com ela a pessoa se desarma, ele não é muito carismático mas todos adoram ele. Vou estudá-lo para tentar entender isso, e recomendo que vocês, caso conheçam alguém como o meu amigo, façam o mesmo para entender o que é rapport.
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Gafanhoto

Veterano - nível 8

#992627 Excelente apontamento.

Os níveis de comunicação atuais estão conturbados, cheios de suportes (tecnologia por exemplo) péssimamente aproveitados.

Parabéns pela postagem... e o espaço ganhou mais um acompanhante.

Criador do tópico

Lucãao !

Veterano - nível 4

#994171
Zanella escreveu:Apesar do texto ser uma crítica ao individualismo crescente em nossa sociedade, acredito que ele não se aplica EM NADA ao pickup.

POR QUE?

Se você ver a essência do texto, é basicamente "seja legitimamente interessado pelas outras pessoas, escute elas mais, tente entender o seu ponto de vista"
Isso é bem bacana, se você quer virar o amigay da rodada! Ao interagir com as mulheres, é essencial se expressar, o seu mindset tem que ser EU EU EU, você quer se divertir mais, conversar mais, viver mais, e isso que atrai as mulheres, um homem que está em seu caminho na vida, que legitimamente não se importa com os julgamentos dos outros.

Claro, isso se aplica as fases de open e atração, mas quando você entra em comfort você aplica o que o texto diz certo?

ERRADO!

Para haver um rapport genuíno, é necessário uma troca, mas não uma troca de informações, e sim uma troca de energia (sem querer apelar ao esotérico), você tira a sua máscara e demonstra quem é realmente. A energia no caso é uma troca de olhar profunda, um toque legitimo, tu tentar entender a pessoa que está na sua frente, ao invés de escutar o que ela fala.

Bacana, mas como se faz isso?
Infelizmente não sei ao certo. Eu sei que para criar um rapport genuíno, é necessário tirar todas as máscaras e demonstrar sua verdadeira personalidade. Infelizmente, quando você é uma pessoa lógica e analítica como eu (e aposto que a maioria de vocês também é), você fica tentando ver as microexpressões, pensa nas emoções que ela está sentindo e como direcionar isso.
Claro, um rapport profundo não é necessário se você quiser levar ela para a cama, mas é muito importante se quiser tornar a gata sua namorada. Eu tenho um amigo que tem essa capacidade, assim que ele olha para uma pessoa e conversa com ela a pessoa se desarma, ele não é muito carismático mas todos adoram ele. Vou estudá-lo para tentar entender isso, e recomendo que vocês, caso conheçam alguém como o meu amigo, façam o mesmo para entender o que é rapport.


Olá amigo Zanella!! Ótima reflexão! Te agradeço demais. O embate saudável é sempre positivo e pode agregar muito à todos.

Eu entendo o seu ponto e concordo com você. Mas o que falo aqui é de uma microcalibração muito sútil. O que quero dizer é que é possível você ter o foco voltado para a sua diversão, a sua felicidade e a sua experiência e se interessar genuinamente pelas as outras pessoas. Essas coisas não são excludentes entre si. É possível você ouvir de coração aberto e manter um olhar de cima pra baixo, entende onde quero chegar? Você não precisa, necessariamente, perder o seu mindset para isso.
Em toda interação, haverá sempre alguém com mais valor e outro com menos valor tentando sugar valor para si. Aplicar uma escuta genuína não signfica que você terá menos valor. Pelo contrário, muitas vezes isso nos proporciona uma dominância maior da situação.
É bem sutil e talvez arriscado para iniciantes. Mas não a riscos de friendzone aqui. Você não precisa ouvir sobre coisas tolas como namoradinhos e essas coisas. Percebe a calibração?

Sobre a sua pergunta final. Eu acho que esta pode ser exatamente uma maneira de alcançar o que você busca. O problema de nós, pessoas analíticas, é tender a ficar "INSIDE" ( mente analítica ligada e experiência em segundo plano ), enquanto o ideial seria estar com a mente "OUTSIDE" ( vivendo a experiência genuinamente ). Praticar a escuta nos ajuda a estar fora de nossa mente entendendo o mundo e as pessoas, então esse raport sem falas vem de uma forma muito mais natural.
Veja bem. No mindset: "Eu sou foda e estou no controle da situação!"
Qual atitude seria mais congruente? Estar dentro de mim analisando as microexpressões (e por consequência buscando validação) ou estar fora forte e convicto do meu poder e me interessando de verdade por outras vidas repletas de experiências diferentes da minha?
A primeira soa como um pouco de insegurança não é mesmo?
Grande abraço, meu amigo. Sinta-se livre para responder e discordar =)) com certeza encontraremos um ponto em comum!