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Pedrovysk
#970924 Tive problemas de socialização como vários colegas desta comunidade. Nunca fui o queridinho da galera, mas pelo menos era bem quisto pelas garotas, o que de certa forma só me afastava cada vez mais dos "amigos" que queria ter.
Depois de muito sofre, de muito apanhar na vida, resolvi mudar isso e encarar os fatos. Eu não era um cara legal. Quem me conhecia de fato apreciava minha companhia, porém não conseguia mostrar essa maravilhosa face oculta a todas as pessoas. Fui descobrir a origem de meu problema social esse ano que se passou. Como já disse em outros posts este foi um ano de muita reflexão.
Meu pai não é um cara muito sociável também. Tem poucos amigos, porem consegue vestir uma máscara que o deixa um pouco mais atraente aos olhos de quem vê. Meu avô que teve parte importante na minha criação, também não era um cara cheio de amigos (na verdade ele tinha mesmo eram muitos inimigos). Então percebi que o problema não vinha de mim, mas dos modelos que vi e aprendi durante toda minha vida toda.
Infelizmente somos espelhos de nossos mentores. Eu sabia conversar, era atraente, era inteligente, bom ouvinte, bom orador, porém não conseguia manter uma atmosfera harmoniosa durante muito tempo. A máscara caia e eu voltava para a solidão. Fui esquecido de várias festas e eventos em minha adolescência, e a coisa não melhorou quando entrei na faculdade. Meu jeito diferente não fazia de mim um atrativo tão grande quando em outros momentos. A concorrência era pesada, muitos caras bacanas, bonitos, com carros e dinheiro para gastar, coisas que contam muitos pontos, mas que nem sempre ganham o jogo.
Ao refletir um dia sobre minha criação cheguei à conclusão de que herdei essa maldição familiar. Minha irmã sofria dos mesmos problemas, meus primos também. Éramos uma família desconexa do contexto social. Não tínhamos grandes referencias, e buscávamos em nossos lares comprovação dos erros que cometíamos na rua. Uma verdadeira catástrofe.
Em um dia, após um trabalho de faculdade decidimos fazer um churrasco para descontrair e acabei abrindo meu coração, falando da minha família e pedindo ajuda aos meus amigos. Eles sentiram minha dor e abraçaram minha causa. Nenhum deles nunca veio de fato falar comigo sobre o assunto, ou me dar concelhos, mas percebi que depois disso tudo mudou. Pois eles agora sabiam que eu tinha problemas sociais e passaram a relevar certos comportamentos que tinha ou que deixava de ter.
Comecei a perceber que o meio me aceitou e então todas da sala passaram a me ver com bons olhos. Um cara diferenciado, fechado as vezes, mas com um grande coração.
Assumir meus problemas sociais fez de mim um cara melhor. Ao ser aceito pude me espelhar em outros modelos, ao me enturmar consegui demonstrar de forma clara minha essência, e parei de me preocupar com a aceitação das pessoas ao meu redor.
Foi natural essa evolução, não consigo dizer ao certo o quais os pontos que você deve mudar, mas o que posso recomendar é um passo a passo para evoluir sua situação atual :
1° passo é descobrir o gatilho de sua exclusão social
2° passo é refletir
3° passo se abrir e buscar ajuda
4° passo se aceitar e mostrar sua essência.

O resultado será fantastico!!!!
Espero que tenha ajudado. Caso queria manter contato, estou à disposição para ajuda-los.
by - EL SANTO - Don Juan
R.Ribeiro
#970939 Po ótimo tópico cara, já tive esse problema quanto a exclusão social e sei bem como é. Hoje me vejo em um outro nível mas sei que tenho muito que melhorar ainda, cada dia tentando conhecer novas pessoas e desenvolver meu lado pessoal, pois essa exclusão social junta da timidez já me fez perder muitas oportunidades.
Fico feliz por vc ajudar o pessoal, criando tópicos para responder outros.
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Pedrovysk
#970941 Fico feliz que tenha gostado deste post. Foi uma conclusão simplificada de alguns pontos, dos vários envolvendo a dinâmica social .

Essa exclusão social é um problema que muitos enfrentamos, existem vários caminhos para a aceitação, a mídia e o capitalismo nos mostram um bem claro, q é a ideia do : TRABALHE, GANHE DINHEIRO E COMPRE AMIGOS.

Isso infelizmente esta tomando conta da mentalidade atual, hoje em dia não se trata mais de ser ou não uma boa pessoa, mas sim se você tem um carro legal e dinheiro pra bancar a noitada dos amigos.

Eu na contra mão do sistema prefiro trabalhar em prol de meu crescimento pessoal e me tornar alguém melhor, mais "magnético" (falarei sobre isso em outro post) em relação as pessoas e consequentemente as oportunidades.

Vamos manter contato. Tenho um grupo de amigos aqui do ES, e em MG também, são bons homens que trabalham duro dia e noite para melhorar suas imperfeições e se ajudando para uma evolução conjunta.

by - EL SANTO - Don Juan
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gameplayer
#970946 Curti muito seu tópico, as vezes também penso isso. As atitudes de um cara dependem muito de como foi sua criação, um cara que cresceu somente com um pai solteiro que saia todo dia com mulheres compradas, vai ter uma mentalidade totalmente diferente de alguém que cresceu com uma família unida e bem estruturada. E não só isso, as vezes tambem vejo que pessoas muito timidas as vezes tem pais muito fechados e com poucos amigos. Não sou muuuito tímido, mas me considero um pouco. Só por curiosidade, mas qual comportamento seus amigos disseram que você tinha que possivelmente afastava as pessoas??
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Pedrovysk
#970952
gameplayer escreveu:Curti muito seu tópico, as vezes também penso isso. As atitudes de um cara dependem muito de como foi sua criação, um cara que cresceu somente com um pai solteiro que saia todo dia com mulheres compradas, vai ter uma mentalidade totalmente diferente de alguém que cresceu com uma família unida e bem estruturada. E não só isso, as vezes tambem vejo que pessoas muito timidas as vezes tem pais muito fechados e com poucos amigos. Não sou muuuito tímido, mas me considero um pouco. Só por curiosidade, mas qual comportamento seus amigos disseram que você tinha que possivelmente afastava as pessoas??


Obrigado Gameplayer por suas palavras, esse é de fato um grande problema social.

E uma outra reflexão que faço e sobre como a tecnologia afasta o contato entre as pessoas. no caso as redes sociais, temo que esse isolamento social se agrave cada vez mais...

Bom sobre a pergunta, meus amigos talvez por um tato mais apurado da situação não me apontaram os erros que cometia, o que por sinal eu ja tinha percebido e relatado. Eles me ajudaram mais falando sobre o comportamento ideal, uma analise do senso comum que a maioria das pessoas tem, mas que nos "excluidos não percebemos"... entre as dicas dessa analise foi citado um ponto chave:

AGIR SEM PENSAR. Deixar rolar apenas, sem se preocupar com o que os outros pensam. (De certa forma senso comum, mas não para os excluidos)

Em minha familia todos somos muito bons em ações e palavras, sempre pensamos antes de agir e de falar, temos essa caracteristica. Porem perdemos a naturalidade, não nos entregamos totalmente as interações, travamos em nossos pensamentos e muitas vezes as pessoas percebem essa falta de naturalidade, a interação não se torna pura, não se torna reciproca e dai a pessoa se afasta.

by - EL SANTO - Don Juan
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DrigoJaeger
#970976 Cara, tu tocou em um assunto interessante. Sinceramente, acho que poucos se abrem, racionalmente, da forma que vc fez. Achei legal sua atitude.
Bom, eu entendo bem o que vc está falando e acredito até que compartilho um pouco desse dilema.
Eu não tive a presença do meu pai, ele foi embora no mês em que nasci. Então, nunca tive a figura, contato e "inspiração" paterna na minha vida. Entretanto, tive muito a presença do meu avô e 2 tios que sempre foram meus 3 pais. Minha mãe sempre foi uma grande companheira. Mas para resumir uma longa história: Minha família conhece muita gente, mas não nos relacionamos com muita proximidade. Não temos o hábito de ir para casa de parentes/amigos, viajar, sair para algum evento (jantar/festa ou algo social). Não por serem fechados, sinceramente não se explicar muito bem. Portanto, nunca tive o aprendizado de me socializar indo para lugares ou criando situações para isso. Não sei se vc compreende o que quero dizer.
Era (e ainda sou um pouco) relativamente tímido e sempre fui um cara mais tranquilo. Com o tempo, comecei a me despachar mais e sair com amigos. Hoje, até conheço bastante gente, mas não tenho tanta profundidade de relacionamentos assim. Acredito que minha história bate, em alguns pontos, com a sua.
Então, vem algo que simplesmente me apavora tremendamente: O medo de não ter amigos para criar situações sociais.

Veja bem, esses dias me peguei pensando: "Começo ter um relacionamento com uma garota. Começamos a sair à dois para alguns lugares e tudo bem. Mas aí surge aquela "necessidade" de criar uma turma para fazer um evento (um barzinho, um churrasco, um almoço, uma balada ou algo do tipo)". E aí? As vezes eu acho que tenho turma para isso, mas às vezes, não! Isso é algo que me assola muito e me causa uma insegurança tremenda. Não sei se vc entende o que eu quero dizer, é complicado, para mim mesmo, descrever o que passa pela minha cabeça agora. Sendo assim, voltei todos os "planos de mudança" para mim mesmo. Acredito que também devo ter algum problema em manter uma conexão mais profunda com as pessoas, embora ainda ter amizades que sei que posso contar. Não saio por aí abrindo meu coração e depositando minha confiança em todo mundo, claro. Mas falta algo e ainda não sei como consertar isso.
Terminei um relacionamento há alguns meses, o qual sofri muito, e vi que isso fez muita falta. A garota viu que eu conhecia bastante gente, mas na hora de criar essa situação, acredito que falhei.

Coloquei na minha cabeça que esse ano vou tentar aumentar e melhorar meu circulo social em vários aspectos. Basicamente uma meta que coloquei para minha vida esse ano. Isso tem me incomodado bastante pois sei que, em uma situação ou outra, virá à calhar. Só compartilhando um pouco aqui contigo. Achei muito legal seu tópico.

abrç
Jäger
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gameplayer
#970986 Pedrovysk,
Vc conseguiu vencer essa barreira da não naturalidade?? As vezes tenho exatamente esse mesmo problema, por exemplo, quando chega uma hb nota 10 penso demais no que vou falar, e tudo sai de uma forma não natural, agr, qnd estou falando com um amigo bem proximo, tudo sai de uma forma natural, divertida e confiante. Sei que é errado pensar muito no que falar, mas não sei como parar de fazer isso, se souber de alguma dica, por favor, ficarei grato se falar
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gameplayer
#970987
DrigoJaeger escreveu:Cara, tu tocou em um assunto interessante. Sinceramente, acho que poucos se abrem, racionalmente, da forma que vc fez. Achei legal sua atitude.
Bom, eu entendo bem o que vc está falando e acredito até que compartilho um pouco desse dilema.
Eu não tive a presença do meu pai, ele foi embora no mês em que nasci. Então, nunca tive a figura, contato e "inspiração" paterna na minha vida. Entretanto, tive muito a presença do meu avô e 2 tios que sempre foram meus 3 pais. Minha mãe sempre foi uma grande companheira. Mas para resumir uma longa história: Minha família conhece muita gente, mas não nos relacionamos com muita proximidade. Não temos o hábito de ir para casa de parentes/amigos, viajar, sair para algum evento (jantar/festa ou algo social). Não por serem fechados, sinceramente não se explicar muito bem. Portanto, nunca tive o aprendizado de me socializar indo para lugares ou criando situações para isso. Não sei se vc compreende o que quero dizer.
Era (e ainda sou um pouco) relativamente tímido e sempre fui um cara mais tranquilo. Com o tempo, comecei a me despachar mais e sair com amigos. Hoje, até conheço bastante gente, mas não tenho tanta profundidade de relacionamentos assim. Acredito que minha história bate, em alguns pontos, com a sua.
Então, vem algo que simplesmente me apavora tremendamente: O medo de não ter amigos para criar situações sociais.

Veja bem, esses dias me peguei pensando: "Começo ter um relacionamento com uma garota. Começamos a sair à dois para alguns lugares e tudo bem. Mas aí surge aquela "necessidade" de criar uma turma para fazer um evento (um barzinho, um churrasco, um almoço, uma balada ou algo do tipo)". E aí? As vezes eu acho que tenho turma para isso, mas às vezes, não! Isso é algo que me assola muito e me causa uma insegurança tremenda. Não sei se vc entende o que eu quero dizer, é complicado, para mim mesmo, descrever o que passa pela minha cabeça agora. Sendo assim, voltei todos os "planos de mudança" para mim mesmo. Acredito que também devo ter algum problema em manter uma conexão mais profunda com as pessoas, embora ainda ter amizades que sei que posso contar. Não saio por aí abrindo meu coração e depositando minha confiança em todo mundo, claro. Mas falta algo e ainda não sei como consertar isso.
Terminei um relacionamento há alguns meses, o qual sofri muito, e vi que isso fez muita falta. A garota viu que eu conhecia bastante gente, mas na hora de criar essa situação, acredito que falhei.

Coloquei na minha cabeça que esse ano vou tentar aumentar e melhorar meu circulo social em vários aspectos. Basicamente uma meta que coloquei para minha vida esse ano. Isso tem me incomodado bastante pois sei que, em uma situação ou outra, virá à calhar. Só compartilhando um pouco aqui contigo. Achei muito legal seu tópico.

abrç
Jäger


Cara, as vezes tenho essa mesma preocupação, de faltar gente para sair. Andei pensando e uma das possíveis conclusões que cheguei para isso é: tenha amigos para tudo, ou seja, tenha amigos baladeiros, estudiosos, marombeiros (se vc faz academia), cachaceiros, etc... Fica muito mais facil de sair dependendo pro lugar q vc for, vc chama o pessoal q curte isso. E outra coisa q tambem vou tentar fazer é parar de sair sempre so com um grupinho, e sim, variar bastante
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EddieMorra
#971088 Caros colegas,
Também passo por essa fase díficil, eu nunca fui o queridinho da galera como o Pedro citou, deste as minhas memórias mais antigas lembro que era rejeitado no primário, fundamental, tirando que no ensino médio sofri bullying, e era dos violentos.
e sempre, quando conseguia entrar em algum grupinho, com o tempo eu era esquecido, faziam pouca questão da minha presença.. Ao crescer os meus "amigos" que me envolvia, abrir os olhos e ví que só era chamado para algum evento para custea-lo, pagava a entrada de balada pro amigo que tava sem grana, e entre outras coisas, vía que estava sendo otário.
Acredito no que o Pedro disse; "Meu pai não é um cara muito sociável também. Tem poucos amigos, porem consegue vestir uma máscara que o deixa um pouco mais atraente aos olhos de quem vê [...].Infelizmente somos espelhos de nossos mentores."
Meu pai, figura paterna, nunca tive orgulho dele, infelizmente ele descubriu da pior forma possível que poderia existir, ele é aquele cara que em festas de famila faz as piadas sem graça, "É pavê ou pra comer?"


E isso me afetou muito, não aceitava o meu Nome, por ser bem diferente e sofre bullying com os apelidos na infáncia, algo que conseguir superar, e hoje vejo que as mulheres realmente gostam por ser um nome diferente, minha aparencia tbm já aceitei.

Mas acredito, que vocês, como eu também sinto algo incomodando dentro de nós, que tem algo errado, e aqueles pensamentos voltam a nós atormentar.. Que somos feios, fracassados e como um lixo que ninguém por perto.

O modo que descobrir para revertar essa situação, é um exercício permanente que você nunca poderá parar até você se aceitar como é... Você deve ser amar; se respeitar; e achar o cara mais lindo do mundo ao se vê no espelho pela manhã. (Sei que já leram muito sobre isso) Mas é o unico jeito amigos, nossa vida não é uma fase de video-game, aonde vc morre e reinicia td de novo com outro personagem.

Se alguém quiser trocar uma ideía por Whats, será bom.
Valeu pelo Tema Pedro
Lelouch
#971753 Eu tenho um problema parecido.
Sempre fui ligado com minha mãe. Na infância, sempre fui mimado por ela e nunca precisei de outras pessoas.
Passei a adolescência sem a presença de meu pai.
A maior parte da família, incluindo primos e tios, são pessoas tímidas e caladas, mesmo sendo legais.
Minha mãe se comporta como beta. Herdei todos os meus traços betas dela.

O que acontece comigo é algo estranho e não entendo.
As pessoas do cotidiano me tratam bem quando estou presente. Não ficam desconfortáveis com minha presença.
Porém, elas nunca se lembram de mim quando estou ausente. Elas nunca ligam para mim e nunca tomam a iniciativa de me procurar (exceto para trabalho escolar).
Elas nunca me convidam para algo como encontro ou festa, exceto quando o convite é para todos do ambiente (ex: todos da sala de aula).

Mas sei que elas tem nada contra mim. Aceitam me passar o telefone. Aceitam se eu me convidar quando estão combinando ir a algum lugar. Elas me convidam para se juntar à mesa se eu aparecer sozinho num lugar (restaurante). Conversam normalmente por email ou facebook.

Ou seja, elas não me excluem. Apenas não me incluem. É como eu não existisse quando estou ausente.
Sempre foi assim.