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statham - MEMBRO EXCLUSIVO
#1086607 Tempos modernos; Tempos de Dionísio

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Dionísio (ou Dioniso) é o deus grego do vinho, das festas, do excesso, êxtase e vertigem. O culto dionisíaco na Grécia antiga era regado a vinho e orgias.
Além de ter os conhecimentos de preparação do vinho, ele possuía o poder de criar drogas poderosas. Dionísio é considerado também o deus grego da natureza, da fecundidade, da alegria e do teatro. Inspirador da fertilidade, ele também é chamado de deus da libido e na mitologia romana, seu nome é Baco.
Na mitologia romana, onde é conhecido por Baco, havia uma festa denominada Bacanal. Essa festa foi proibida por induzir ao consumo de álcool, orgias e a situações constrangedoras.
A representação mais comum de Dionísio está associada ao vinho, onde muitas vezes ele aparece segurando numa mão um cálice e noutra um cacho de uva.
Sua imagem é de um homem com barba e sua expressão de mostra o efeito da embriaguez. Portanto, é comum a aparência de felicidade induzida pelo álcool nas representações de Dionísio. Em algumas versões, ele aparece nu e noutras, segurando um manto feito de leão ou leopardo.

Estaria nossa sociedade atual vivendo um "Tempo de Dionísio"? (Excessos)

Nunca se viu um avanço tecnológico tão grande como nos últimos 30/40 anos, dos veículos à tecnologia, passando pela medicina, agricultura, economia e matemática.
Mas a velocidade desse avanço é exponencial, e por conta disso estamos pagando um alto preço, muitas vezes sem nem perceber.

Avanço da Tecnologia:

Fotos:

Antigamente a gente ia na praia, ou em algum evento portando nossa máquina fotográfica, e nela havia um filme com 24 ou 36 poses a depender do orçamento para revelar depois. Aquelas fotos tinham que ser as melhores, então a gente selecionava muito bem do que ou de quem íamos fotografar e isso atribuía um valor muito grande em CADA foto daquela. E você chegava da revelação com um álbum físico e as fotos em questão.
Hoje em dia, não usamos mais máquinas fotográficas, nem mesmo as digitais, usamos nossos celulares que na pior das hipóteses tem 8GB de capacidade e pode armazenar milhares de fotos, e com possibilidades de apagar, tirar de novo etc...Nosso álbum não é mais físico e sim virtual, e fica disponível para muitos amigos (Facebook, Instagram, Thumbler, etc).

Vídeos:

A maioria das casas possuía um vídeo cassete, e algumas tinham até filmadoras, gravavam imagens da família, e vez ou outra reproduziam esses vídeos em um fim de ano, com todo mundo reunido. Quando você queria ver um filme podia ir na locadora do seu bairro, e alugava, se fosse em fim de semana ganhava um dia a mais. Como não dava pra levar 25 fitas de uma vez, a gente escolhia uma ou duas, selecionava bem o filme e locava. O valor de ver um filme no passado era muito maior e as produções eram infinitamente melhores e mais elaboradas.
Atualmente você tem na ponta dos seus dedos, o Netflix com mais de 25.000 filmes e séries para assistir, com apenas um clique. Mas esse poder de escolha é questionável, já que o serviço usa alguns algoritmos para definir sua "preferência". E como se tem uma alta disponibilidade de ítens para assistir, ou nem prestamos muita atenção ou vamos pulando de filme em filme (nossa que chato, vamos ver outro).

Pornografia:

Se você nasceu antes de 1990 vai lembrar da revista Playboy, e também como era difícil ter acesso a conteúdos pornográficos. Se você quisesse alugar um VHS tinha que ser maior de idade e passar o constrangimento de ir na área reservada das locadoras. Podia também ir na banca e comprar uma Playboy, ou no fim de semana assistir uns contos eróticos de uma tal Emmanuelle na Band.
Hoje a pornografia está disponível na palma das mãos, com o conteúdo que sua imaginação mandar. Com esse excesso de conteúdo, e de disponibilidade, está nascendo uma geração de pessoas dessensibilizadas sexualmente, com idéias completamente erradas sobre sexo, e sobre o amor verdadeiro.

Comunicação:

Há uns 20 anos atrás, poucas pessoas tinham aparelho de telefone celular, e alguns casas não tinham nem telefone fixo. Se você quisesse falar com alguém, precisava ligar na casa da pessoa, marcava as coisas direto com ela. Como isso custava caro, você falava somente o essencial, desligava e o resto da conversa era pessoalmente ou em outras ligações.
Nos tempos atuais, nossa comunicação se tornou barata, e instantânea, só que por conta disso, entendemos que é necessários estarmos conectados e disponíveis para todos ao mesmo tempo! Isso gera imediatismo, aceleração da mente, ansiedade, e acreditem ou não distanciamento entre as pessoas!

Comida e Bebida

Na década de 1990 era possível ligar na Pizzaria Quejada e pedir uma bela pizza com refrigerante para a família saborear no fim de semana. Se você preferisse ligava (sim com telefone fixo) na casa de alguns amigos, que também vinham partilhar da pizza no fim de semana. As pessoas conheciam os donos dos estabelecimentos, era tudo uma grande família. Uma vez por mês, dava pra ir no Shopping, e passar no Mc Donalds.
Atualmente você tem o iFood, e mais outros apps para pedir comida, e você tem inúmeras opções tipos de pratos, surge também a palavra combos (combinação de excesso), refrigerantes, cervejas das mais variadas e na quantidade que você quiser. Resultado disso, nunca se viu tanta gente acima do peso, bebendo constantemente, e achando que está fitness, porque vai na academia, e posta no Instagram.

Reflexo do Excesso no nosso tempo:

Como estamos nos acostumando a ter muito em pouco tempo, internalizamos que temos que oferecer muito em pouco tempo. Estamos vivendo acelerados, correndo, mas sem saber direto para onde. Nossa mente tenta acompanhar a evolução tecnológica a todo custo, então nos aceleramos, cada vez mais, produzimos carros velozes, consumimos mais e mais, procuramos ser disponíveis em nossos empregos, que agora utilizam a comunicação e praticamente obriga os empregados a participar de grupos, e responder mensagens quando não estão trabalhando. Corre-se em busca de dinheiro e perde-se tempo, que é muito mais precioso que dinheiro!

Esse excesso de velocidade mental, destroem relações, facilita divórcios, causam um "atropelamento" na nossa vida pessoal, porquê tentamos levar essa eficiência das máquinas para nossa vida, mas nós não somos máquinas! Isso tem deteriorado a família, aquela mulher que se torna mãe, não casa, deixa o filho, ou os filhos com a vó, e vai para balada, porquê o feminismo diz que elas podem fazer isso, é direito delas.

E junto com tudo isso, vamos perdendo a capacidade real de amar, existe muito mais sexo sem compromisso do sexos dentro de casamentos. Grande parte das pessoas estão morando sozinhas, homens e mulheres sem nenhuma idéia de formar família, a única idéia é de ter liberdade, se sentir livre, mas livre do que? Se ninguém percebe que a verdadeira prisão está nos excessos, vícios, e falta de amor.

E as crianças que estão chegando agora? Nesse mundo que tá de cabeça pra baixo, acessando pornografia cada vez mais cedo, fazendo cursinhos já aos 16 anos, se preparando para essa competição desenfreada de ganhar mais dinheiro, ter mais posses, e morrer sozinhos.

Conclusão:

A evolução é imparável, mas se a percepção das coisas não mudar o futuro será um lugar sombrio. Nós precisamos aprender a dosar esses excessos, fazendo escolhas conscientes, que possa nos poupar tempo que é um bem precioso. A tecnologia sempre vai evoluir, teremos ainda mais excessos e menos poder de escolha. Cabe a cada um de nós identificar isso e simplesmente pensar, parar e pensar. Porque a aceleração da mente, nos impede de pensar antes de tomarmos decisão, e nada nesse mundo pode ser mais catastrófico que isso.
Estamos vivendo o tempo de Dionísio, o tempo dos excessos, bebidas, drogas, sexo, culto ao dinheiro e a fama (ego). Não temos controle sobre nosso tempo, mas podemos escolher se queremos continuar ou não vivendo nessa orgia de excessos.

#statham
Gabriel Silva

Veterano - nível 6

#1086616 Tudo isso é verdade. As informações chegam numa velocidade e quantidade absurda, ao ponto de não conseguirmos dimensionar as situações e analisá-las.
Na minha opinião, todo esse excesso de ideias vêm prejudicando as nossas análises e reflexões sobre a vida.

Vejo pessoas vidradas no celular, seja pra conversar, assistir vídeos ou ouvir músicas. E o efeito prejudicial disso fica evidente quando inicio uma conversa ou vejo as pessoas conversando, pois você sente o nível de superficialidade das pessoas, elas não conseguem se aprofundar nos assuntos, não conseguem expressar e admirar as complexidades da vida, nos seus mínimos detalhes.
E pior do que isso, se assustam quando você transmite essa visão mais ampla e "bem elaborada".
O que cria um paradoxo, onde você pode interagir com todos, mas, no fim, não se conecta realmente a ninguém.

E é lamentável, ver todas essas possibilidades, mas ao mesmo tempo ver a nossa incapacidade de tirar bons proveitos com tudo isso.
O futuro sempre será incerto. Talvez, os jovens e adultos do futuro, saibam lidar e administrar tudo isso com os nossos erros ou não, já que as coisas parecem tender ao pior.
Também vale tornar claro que ambos os gêneros (homem e mulher) sofrem de forma proporcional com tudo isso. Não considero certo afirmar que as mulheres têm mais dificuldade em lidar com determinas situações.

Enfim, é um assunto muito interessante, que eu gosto de avaliar e conversar, o foda são as conclusões em que eu e os meus amigos chegamos.
Tudo está passando por mudanças, mas o que vem mais chamando atenção são as alterações nas relações, já que estão mais efêmeras e vertiginosas.

Bom assunto. Fica na paz!
gaspar_pcl

Veterano - nível 2

#1086617 Excelente texto.

Eu já tinha pensado em algo nessa linha, não de forma tão organizada, mas já tinha pensado e conversado com amigos sobre isso, basta ver como hoje em dia é difícil se conectar a alguém, você sai com a pessoa, curte, vocÊs se divertem e no outro dia a pessoa já está mais distante, pois são tantas opções em aplicativos como tinder, happn, instagram etc, que as pessoas se tornaram extremamente momentaneas, curtem o momento e depois 'que venha um novo momento'
decin_bh

Veterano - nível 10

#1086620 Vez ou outra cito essa questão por aqui. Principalmente em tópicos de inexeperientes que vêm chorar pq a minazinha que parecia apaixonada não o responde mais.
Vivemos a era da informação, onde a notícia bombástica da manhã, já é ultrapassada a tarde.
Mas tento enxergar o erro não na quantidade absurda de informação que temos as mãos, mas sim o uso que damos a elas.
Pq o twitter é um uma rede social de sucesso? Pq vídeos no youtube com mais de 10 minutos são fracassos de views? Pq a minazinha q parecia apaixonada de repente sumiu?

A resposta não é pq temos informaçoes demais as mãos, mas sim por conta da angústia de ter que ser uma máquina de abstraí-las ao máximo e acabamos na superficialidade. Tbm não vou perder tempo vendo coisa chata, se existe uma infinidade de vídeos divertidos de pessoas em banheiras de nutella.

Não irei ver uma video aula sensacional de 50 minutos no youtube, se no mesmo tempo posso ver 5 vídeos do felipe neto. Não vou perder meu tempo lendo esse tópico sensacional, pq ele é imenso e nesse tempo consigo ver toda minha timeline do twitter, com um monte de coisas curtas e inúteis, mas q me distraem.
Não vou dar atenção praquele garoto q está correndo atrás de mim feito um cachorrinho, pq já tem outros 5 melhores me querendo.

As informações ao infinito seriam ótimas oportunidades se soubessemos filtrá-las e utilizar as que nos fazem melhor em diversos aspectos. Mas melhorar em diversos aspectos é algo meio chato. E nem vou mais perder meu tempo respondendo esse seu tópico, pq no lugar disso eu posso ver um vídeo dos desimpedidos, que é mto mais legal.
Avatar pua

Criador do tópico

statham - MEMBRO EXCLUSIVO
#1086624 Pois é, e lendo sua resposta lembrei de outras reflexões que já tive:

Vivemos a era da informação, onde a notícia bombástica da manhã, já é ultrapassada a tarde.


Quando instalei TV a cabo em casa, comecei ver vários canais de notícias...E comecei ver que duas coisas: As notícias eram repetidas, e a velocidade das notícias ultrapassam a velocidade dos fatos relevantes!!!

Pq vídeos no youtube com mais de 10 minutos são fracassos de views?


Isso me lembrou uma pesquisa onde mostravam, que a maioria dos jovens não ouviam mais do que 50 segundos de cada música no youtube e passavam para próxima...Preciso achar o link!

mas sim por conta da angústia de ter que ser uma máquina de abstraí-las ao máximo e acabamos na superficialidade


Existe um vídeo do Cortella que ele fala sobre essa "superficialidade". Basicamente com tanta opção, vamos literalmente lendo só a superfície, não se aprofundando em nada.

Link: https://youtu.be/VTFNZ36Pl10

Mas a questão final é essa...Onde está nosso poder de escolha, quando temos uma infinidade de "opções", sejam elas no Netflix, Youtube, Facebook ou mesmo no Tinder. Isso tem gerado uma "cegueira" nas pessoas, e elas tendem a levar essa Infinitude para fora do mundo virtual, então relações ficam descartáveis, se desgastam mais rápidas, etc... Isso sem contar na ansiedade, e imediatismo, aceleração mental (essa é a mais séria) que tira o foco.

Outro link interessante é esse (um pouco chocante): https://youtu.be/1ewDSaZgoJE

Bom é isso, sempre gosto de trazer mais informações, quem quiser pode opinar a vontade!

#statham
decin_bh

Veterano - nível 10

#1086633 O tópico é excelente pra fazermos esse paralelo com as questões interpessoais.

A televisão e a energia elétrica já foi um impeditivo para que as famílias alimentassem todos a mesa, como acontecia antes. Com a tv, isso só acontecia quando resolviam comer fora, em um restaurante. Seguindo a linha do Cortella, hj, com o celular, as pessoas vão ao restaurante pra fazer checkin e postar no instagram. Tudo tem q virar informação pra todos o tempo todo, até mesmo uma sentada pra comer.

Já para os relacionamentos, o leque de opções, associada a vasta informação que normaliza a liberação sexual, deixa homens e mulheres mais acessíveis pra lances casuais e dificulta a formação de uma família tradicional como dos tempos de nossos avós. Basta ver os dados anuais de casamentos e divórcios para se constatar essa efemêridade das relações de hoje. Não se pode perder tempo casado, mesmo numa pequena crise, já que logo ali tem outra biscate querendo me dar ou um outro manso que irá me sustentar e me fuder melhor. Não estou fazendo juízo de valor, pq até isso tem seus lados positivos, com mais mulheres disponíveis pra transar com muitos caras, as vezes até as comprometidas (triste piada autointerna). Mas o cara q quer trair, tbm não tem a menor dificuldade hj em dia. E isso já é visto com naturalidade tbm, já q somos bombardeados com tantos casos e passa a ser banal, diferentemente de outros tempos que eram verdadeiros escândalos.

Eu não estava entendendo bem o motivo de Dionísio no tópico, mas peguei o sentido. Pode até ser que isso evoluirá (no sentido de transformar) pra algo onde se normatizará um bacanal, no sentido mais literal do tópico. Mas tbm pode ser apenas um ciclo e as relações voltem a ser mais duradouras e pessoais. Veremos... é difícil prever o futuro nesse sentido.
Mas no final tanto faz q seja uma libertinagem ou não, já que não há certo nem errado, afinal de contas somos apenas matéria tentando manter a sobrevivência da espécie, nos reproduzindo, mas com a vantagem da racionalidade diante dos outros seres. Como não podemos mudar essa realidade, o jeito é nos adaptarmos a ela e vivê-la do melhor modo, pois a vida é curta.
Avatar pua
Gui understand - MEMBRO EXCLUSIVO
#1086643 Cara excelente post... Me tirou de uma bolha que eu nem sabia que estava nela... Essa sacada de estamos nos tempos de Dionísio e fenomenal e tem muito sentido.
Concordo plenamente contigo na sua conclusão, o conforto desses novos tempos é ruim para nossa saúde tanto mental quanto física, principalmente para aqueles que caem nos excessos e nem se toca disso.
Obrigado parceiro
Thecougarhunter

Aprendiz

#1086646 Po, cara é uma reflexão que é questionada por Bauman quando ele fala de liquidez, que geralmente o publico aqui do puabase é averso pq não é ideia vendida (leia-se capetalista). É um questionamento bacana se tiver a oportunidade de ler sobre a obra dele garanto que vale a pena (se não tiver o bloqueio Idiotologico). No mais cuidado pra esse seu saudosismo não se tornar algo extremo e evoluir pra um câncervadorismo e começar a pedir que seja proibido as pessoas escrevam com a mão esquerda, ou que mulheres votem, e pedir pra usarem sangue-sugas na medicina (lmao), no mais é valido, só cuidado mesmo.
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Criador do tópico

statham - MEMBRO EXCLUSIVO
#1086647
Thecougarhunter escreveu:Po, cara é uma reflexão que é questionada por Bauman quando ele fala de liquidez, que geralmente o publico aqui do puabase é averso pq não é ideia vendida (leia-se capetalista). É um questionamento bacana se tiver a oportunidade de ler sobre a obra dele garanto que vale a pena (se não tiver o bloqueio Idiotologico). No mais cuidado pra esse seu saudosismo não se tornar algo extremo e evoluir pra um câncervadorismo e começar a pedir que seja proibido as pessoas escrevam com a mão esquerda, ou que mulheres votem, e pedir pra usarem sangue-sugas na medicina (lmao), no mais é valido, só cuidado mesmo.


Legal, vou ler sim! Gostei do comentário! Se vc quiser expor mais sobre o tema fique a vontade! Em relação ao saudosismo, é foda...Eu não sou extremista, mas tenho tantas lembranças boas da época dos anos 2000. O mundo andava mais devagar, e parece que se aproveitava muito mais... Porém essa é uma opinião minha e com certeza respeito todas as outras! Abraços!

#statham
Thecougarhunter

Aprendiz

#1086678 De fato, tinhamos a promessa de viver o período pós-historia (no qual todos conflitos em escala global se encerrariam e a humanidade começaria de fato a prosperar) mas ao inves disso, tivemos uma extensão da guerra fria e o retorno do supercosumismo da decada de 80, nossa geração (no geral todas gerações que vivem esse momento agora) é marcada por essa frustação, afinal, tinhamos a promessa de um período utopico :/