- 29 Out 2022, 15:27
#1107845
Mas o que eu faria e é bem o que eu estou fazendo :
Eu seria um cavalo de Tróia.
Conhece o mito ?
Funciona assim, você entende que as concepções de mundo de uma pessoa, religiosas ou não, foram alimentadas durante anos pela família, pelos amigos, pelo contexto em que ela nasceu e se desenvolveu.
Se você é um cara que chegou na vida dela em um tempo relativamente curto, você pode até desmoronar essas estruturas para se beneficiar, mas não vai ser tão rápido e uma abordagem mais agressiva e direta, tende a mais afastar do que te ajudar.
Então o que você faz ?
Entenda a ideia por trás do cavalo de Tróia : se a força bruta não é o bastante ou o melhor recurso para derrubar os muros e entrar na cidade (mente do seu alvo), então use a razão, pense e aja com razão, use uma estratégia.
Se vista, se modele na forma de um presente que a agrade, e você não precisará conquistar o território, ela cederá de bom grado.
Como ? Simples. Entre no mundo dela. As ciências comportamentais atestam que nós gostamos de pessoas mais similares a nós. Dale Carnegie diz que o assunto favorito das pessoas são elas mesmas, e que você pode facilmente conquistar a simpatia delas sendo :
-Um bom ouvinte. (Ouça mais e fale menos, mas ouça com atenção)
-Curioso. (Esteja genuinamente interessado pela pessoa, pergunte coisas que racionalmente, sabe que ela terá prazer em responder. Conheça o seu alvo. Entre no mundo dela e o conquiste a partir de dentro)
-Gostos similares. (Estude sobre as coisas que ela gosta e demonstre gostar, se interessar, e manjar das mesmas coisas. Minta se preciso. Mas minta direito. Abraçe o personagem.)
Dessa forma, você terá mais assuntos. Ganhará mais e mais afeto, mais e mais simpatia da pessoa, mais e mais confiança e vai mostrar que é diferente de alguma forma.
Participe de coisas importantes pra ela, religiosas ou não, novamente, as ciências do comportamento humano atestam que, quando participarmos de atividades em comuns com outro alguém, ao mesmo tempo, desenvolveremos uma maior conexão e um senso de unidade para com ela.
As barreiras defensivas dela vão baixar.
Quando isso acontecer, prossiga com uma abordagem de sedução indireta.
Aplique os padrões de PNL em contextos apropriados, eles são ótimos. Crie esses contextos se necessário.
Haverá um momento ao longo do caminho, onde você perceberá que ela está mais suscetível, dificilmente ela vai partir para a ação decisiva, então isso caberá a você : quando perceber que for o momento certo, dê chack-mate.
Tudo isso vai levar algum tempo e devido aos componentes humanos envolvidos, não dá pra chutar um prazo de tempo exato, nem pra mais e nem pra menos.
Seres humanos são complexos e não devem ser tratados de maneira genérica, embora certos componentes da estrutura psicológica e neurológica se repitam em todos.
De novo, depende do quanto você a quer.
E mais uma vez, pra jogar esse game com ela, você não precisa ficar limitado somente a ela. Só precisa jogar os demais fora do radar dela, para que isso não destrua o personagem que você visara interpretar, se tornar, para ganhá-la.
E por fim, sobre demonstrações de valor : O que é valoroso pra você, é valoroso pra ela ?
Explico : ofereça para uma criança de um ano e alguns meses, uma nota de $100 reais em uma mão e um pirulito em outra mão. Qual deles você acha que ela vai pegar ?
A percepção do que seja valor varia da idade, do contexto, da história de vida, entre outros fatores e claro, varia de pessoa para pessoa.
Talvez a demonstração de valor que você deu, não é do mesmo valor que ela aprecia, de fato.
Pessoas não simplistas. São complexas. Abordagens genéricas estão fadadas a um certo fracasso.
Bom game pra ti.
Abraços.